Análise Semanal de Renda Fixa
23/11/2018 à 30/11/2018

Semana 19

Comentários da semana

Brasil

A Curva de Juros sofreu uma alta marginal acompanhando o Dólar. A falta de novidades relevantes no cenário político conteve o movimento de queda recente das curvas.

Os investidores seguiram atentos a equipe de transição e sua capacidade de articulação política quanto a temas como a cessão onerosa (a ser votada em breve) e negociações acerca da reforma da previdência e Bacen independente.

Dólar fechou em alta esta semana por conta das remessas para o exterior, pressão externa sobre as moedas emergentes e PTAX. O Bacen fez Leilões de linha que ajudaram a conter uma alta maior.

Os indicadores de confiança da FGV voltaram a mostrar resultados positivos.

Superávit primário do setor público consolidado surpreendeu positivamente o mercado com números melhores que o esperado.

O PIB cresceu 0,8% no 3º trimestre em linha com as expectativas e em ritmo mais acelerado que do trimestre anterior (0,2%).

A inflação do IGP-M de novembro apontou deflação de 0,49% (esperava-se 0,45%). Os números por dentro do índice também arrefeceram.

Mundo

O destaque da semana foi o discurso de Powel do FED (divulgação da ata do FOMC) que foi interpretado como dovish (mais brando com relação aos apertos monetários) ao dizer que os juros estão um pouco abaixo do neutro, que a dívida corporativa não representa ameaça e que o sistema financeiro está mais resistente que o período pré-crise.

Na agenda macro americana, o PCE (índice de preços) avançou 1,5% (taxa anualizada) no terceiro trimestre em relação ao período entre abril e junho, o núcleo do índice subiu igualmente à taxa anualizada de 1,5% nesse intervalo, também abaixo da taxa de 1,6% na leitura anterior para o terceiro trimestre. O PIB cresceu à taxa anualizada de 3,5% no terceiro trimestre. Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços de todo o PIB americano, foram revisados para baixo, de uma alta anualizada de 4,0% na leitura anterior para avanço de 3,6%. Trump fez declarações, durante a semana, desfavoráveis quanto a Guerra Comercial com a China.

No G20, que aconteceu final de semana, o diálogo entre os presidentes americano e chinês resultou numa trégua de 90 dias sobre aplicação de novas tarifas mútuas.

Na Europa, a inflação medida pela leitura preliminar do CPI recuou de 2,2% em outubro para 2,0% no mês de novembro, enquanto o núcleo passou de 1,1% para 1,0%.

Draghi do BCE (Banco Central Europeu) reiterou que os estímulos monetários ainda são necessários.

O Vice-primeiro-ministro italiano, Mateo Salvini, disse que pode ajustar marginalmente o déficit de 2,4% para até 2,2%, mas ainda fora da orientação da União Europeia.

Continuam as dúvidas quanto à votação do pré-acordo do Brexit no parlamento britânico, com data marcada para 11/12.

O Índice dos gerentes de compras (PMI) do setor de manufatura na China ficou abaixo do esperado.

O petróleo encerrou o mês de novembro no seu pior mês em dez anos. Mercado aguarda reunião da Opep e aliados, como a Rússia, que discutirão como enfrentar a superoferta mundial de petróleo.

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa

Estruturas a Termo de Taxas de Juros Anbima (Curvas de Juros)

Retorno versus Risco Tesouro Direto

Rentabilidades nominais do Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar e CDI

Volatilidade (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar