Highlights (Resumo): Alta nas Taxas de Juros com queda de inclinação
Principal(is) vetor(es): o destaque do movimento de alta ficou para os trechos curto e intermediário, refletindo a percepção de que a Selic pode subir mais do que o mercado vinha precificando e a intensificação da tensão geopolítica.
Destaque(s): Copom e Rússia x Ucrânia
Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
A estimativa para o IPCA de 2022 avançou pela quinta semana consecutiva no Relatório de Mercado Focus, de 5,44% para 5,50%, bem acima da meta, de 3,50%. Há um mês, era 5,09%. A expectativa para 2023 permaneceu em 3,50%, também acima da meta, de 3,25%. A mediana era 3,40% há quatro semanas.
A semana no mercado de juros foi de acúmulo de prêmios de risco na curva doméstica, com destaque para os trechos curto e intermediário, refletindo a percepção de que a Selic pode subir mais do que o mercado vinha precificando e a intensificação da tensão geopolítica. O spread entre as taxas dos contratos DI jan/23 e jan/27 passou de -74 pontos na sexta-feira anterior (04), para -112.
Outros vetores altistas foram:
as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçando o tom conservador da ata do Copom e declarações hawkish do diretor de Política Econômica, Bruno Serra, de que vai usar “todas as ferramentas para trazer a inflação para a meta”,
a leitura de que a probabilidade de retomada dos cortes no fim do ano ficou bem menor,
as informações de que a Rússia estaria na iminência de invadir a Ucrânia,
a escalada dos preços do petróleo,
o risco de um ciclo maior de alta de juros nos EUA,
a aceleração acima do esperado da inflação ao consumidor (CPI) nos EUA, com taxa anual de 7,5% em janeiro, maior nível desde 1982,
o leilão de prefixados do Tesouro com risco maior para o mercado,
o avanço dos juros dos Treasuries, com a taxa da T-Note de dez anos superando 2% pela primeira vez desde agosto de 2019,
a pressão dos servidores públicos por reajuste salarial,
o resultado das vendas no varejo de dezembro mais fortes do que o estimado,
o IPCA de janeiro em linha com o esperado,
e as preocupações ligadas ao risco fiscal de uma desoneração dos combustíveis, com alto impacto nas contas públicas.
No mercado de câmbio à vista, o dólar encerrou a sessão de sexta-feira (11) cotado a R$ 5,2424, perdendo 1,20% no acumulado da semana.
Os fatores que influenciaram a trajetória do preço da moeda dos EUA foram:
a onda de aversão ao risco após notícias de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, já teria decido invadir a Ucrânia,
as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ratificando a perspectiva de continuidade do aperto monetário e de taxa Selic acima de 12% ao ano,
a expectativa de continuidade das operações de carry trade (que exploram o diferencial de juros entre países),
o fluxo positivo de recursos para as rendas fixa e variável,
um ligeiro alívio fiscal após sinais de lideranças no Congresso Nacional que “devem focar na mudança de tributos sobre combustíveis com o menor impacto possível na arrecadação,
e os dados de inflação ao consumidor (CPI) nos EUA acima do esperado.
Semana de 14 a 18 de fevereiro
Na agenda doméstica, saem o IGP-10 de janeiro na terça-feira(15), além das segundas prévias do IPC-Fipe e do IPC-S-FGV de fevereiro, na quarta (16), e do IGP-M e IPC-S Capitais, na quinta-feira (17).
No exterior, o PIB da zona do euro sai na terça-feira, além do PPI dos EUA e do CPI da China, ambos de janeiro. Na quarta-feira, estão programadas as vendas no varejo e a produção industrial dos EUA em janeiro, e o Fed divulga a ata da mais recente reunião de política monetária.
Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra,
Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)
Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar
Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado
Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI