Semana 16
Brasil
A curva curta caiu e a longa subiu fortemente.
O mercado está de olho na formação da equipe de Bolsonaro. Na semana passada houve muito ruído e o mercado ficou preocupado. Além disso, faltou uma posição clara sobre a Reforma da Previdência e o Bacen autônomo.
Fato também negativo, foi a aprovação, pelo Congresso, do aumento do salário do judiciário e MP e a aprovação da Rota 2030 (subsídio ao setor automobilístico) que comprometem a questão fiscal.
A Ata do COPOM manteve o teor já sinalizado no Comunicado da semana passada.
O IPCA(Out) registrou variação de 0,45%, no piso das estimativas.
O IGP-DI apresentou desaceleração expressiva em outubro, ao passar de 1,79% para 0,26% (consenso 0,38%).
O indicador de serviços, PMI/Markit, subiu forte em outubro – de 46,4 para 50,5 – após dois meses consecutivos de queda. A produção de veículos do período registrou importante avanço de 17,9% relação a setembro.
Mundo
Nos EUA, ocorreram as eleições de meio de mandato, os Democratas (oposição) conseguiram o controle da Câmara e os Republicanos mantiveram o Senado. Essa nova composição do legislativo americano pode limitar a expansão fiscal de Trump.
O comunicado emitido pelo FED após a sua reunião (FOMC) ficou em linha com o esperado: os juros foram mantidos entre 2,00% e 2,25% e foi dito que os incrementos trimestrais provavelmente continuarão.
Ainda nos EUA. Os indicadores de serviços mostraram forte expansão do setor. JOLTS – indicador que mensura o número de vagas em aberto – passou de 7,3 milhões, a máxima histórica, enquanto que os novos pedidos de seguro desemprego da semana seguiram baixos, em 214 mil. A confiança do consumidor, prévia da Universidade de Michigan, continuou em patamar elevado. Inflação ao produtor (PPI ) avançou no acumulado de 12 meses de 2,6 para 2,9% (consenso 2,5%), todavia o núcleo – excluído energia, alimentação e itens mais voláteis – recuou de 2,9% para 2,8% e ainda não mostra impactos das tarifas comerciais da China.
As incertezas quanto ao Brexit aumentaram. Grupo mais radical está descontente com o rumo das negociações com a União Europeia.
União Europeia elevou previsão de déficit para Itália em 2019, de 1,7% para 2,9% (meta Roma: 2,4%), mas o país não deve revisar plano orçamentário e prazo dado pela UE vence dia 13/11.
O indicador de confiança do investidor Sentix da Zona do Euro foi 8,8, terceira queda consecutiva. O PMI de serviços da região recuou para 53,7.
Na China, a balança comercial em outubro registrou um superávit, acelerando em relação ao superávit de setembro. O resultado foi fruto de um salto de 21,4% nas importações e 15.6% nas exportações. A inflação do consumidor de outubro permaneceu em 2,5% (consenso 2,5%), enquanto a do produtor passou de 3,6% para 3,3% (consenso 3,3%).