Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 104

Highlights (Resumo):

Quedas nas Taxas de Juros.

Principais vetores: Notícias sobre possibilidade da retomada da agenda de reformas no Brasil. Atividade segue fraca.
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Destaques: Agenda de Reformas e IBC-Br

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O mercado voltou a alterar sua projeção no Relatório Focus para o PIB deste ano, prevendo queda menor, passando de -6,10% para -5,95%, reforçando uma percepção de que o impacto da pandemia do coronavírus na economia pode ser menos trágico do que se previa. Ainda na Focus, a projeção para a Selic segue em 2,00% em 2020, o que pode significar um corte residual de 25 pontos-base em agosto. E a mediana das projeções para o IPCA de 2020 desacelerou de 1,80% para 1,58% entre as instituições do Top 5.

Os juros futuros terminaram a semana em queda generalizada em toda a curva,  refletindo o  otimismo do mercado com a possibilidade da retomada da agenda de reformas no Brasil, sobretudo a tributária, e também das privatizações.

Reforçaram também as expectativas positivas as declarações do novo secretário do Tesouro, Bruno Funchal, que defendeu o teto de gastos, a retomada da agenda das reformas para além da proposta tributária, e assegurou o retorno da consolidação fiscal depois da pandemia. O movimento fez as apostas em corte de 25 pontos-base da Selic do Copom de agosto se tornarem majoritárias. Nas chamadas opções digitais de Copom negociadas na B3, o prêmio para a opção de estabilidade vem caindo nos últimos dias, passando de 54 pontos no dia (10) para 45 pontos dia (17). Ao contrário, a opção de corte de 0,25 ponto, cujo prêmio dia (16) era de 33 pontos, subiu para 53 pontos dia (17). Várias vencimentos renovaram seus pisos históricos.

O IBC-Br de maio subiu 1,31% ante abril, abaixo do piso das estimativas (1,9%), apontando para uma retomada lenta da atividade. Na comparação com maio de 2019, caiu 14,24%, mais intenso que a mediana de recuo de 12,2% (intervalo de -16,3% a -9,8%).

O dólar teve nova semana de ganho, fechou na sexta-feira (17) cotado em R$ 5,3805, acumulando valorização de 1,10% nos últimos cinco dias, em sessões marcadas por forte volatilidade. Em julho, porém, a moeda americana ainda cai 1,02%. A alta da sessão anterior ficou em linha com outras divisas emergentes, que perderam valor perante a moeda americana, em meio ao crescimento de casos de coronavírus nos EUA, em novo dia de recorde de infecções, a decepção com dados da confiança do consumidor americano, além de preocupações com o aumento da tensão entre Pequim e Washington.

Semana de 20 a 24 de julho

Na agenda de indicadores, poucos destaques, sendo um deles o IPCA-15 na sexta-feira (24).

O mercado deve continuar monitorando Brasília e a movimentação em torno das reformas e privatizações. O governo prometeu entregar na terça-feira (21), seu projeto para a tributária, sem propor por ora impostos sobre transações financeiras, em linha com o que defende o presidente da Câmara.

No exterior, a agenda é relativamente fraca, tendo como eventuais pontos de atenção uma série de índices de gerentes de compras (PMI) na Europa.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa

Curvas de Juros do Tesouro Direto

Gráfico de Retorno versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos e Volatilidade da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI