Análise Semanal de Renda Fixa
22/11/2019 à 29/11/2019

Resumo do Mercado de Renda Fixa: Semana 71

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

Na pesquisa Focus, o mercado manteve a previsão para Selic no fim de 2019 em 4,50%, mas ajustou para cima a de 2020, de 4,25% para 4,50%. Também foi revisada para cima a previsão do IPCA 2019, de 3,33% para 3,46%, mas manutenção da previsão para 2020 em 3,60%. A estimativa para alta do PIB em 2019 subiu de 0,92% para 0,99%, enquanto para 2020 subiu de 2,17% para 2,20%, a terceira alta consecutiva. Já a previsão para o câmbio no fim de 2019 passou de R$ 4,00 para R$ 4,10, enquanto para 2020 seguiu em R$ 4,00.

O dólar terminou o mês com valorização de 5,77% ante o real. Além disso, a moeda brasileira teve em novembro o segundo pior comportamento ante o dólar quando comparado a outras divisas, à frente apenas do peso chileno. Ao longo do mês, a decepção da participação de estrangeiros em leilões de petróleo, a piora das contas externas e declarações do ministro da Economia explicam grande parte do movimento. 
 
O dólar poderá seguir pressionado em relação ao real, diante da pouca expectativa de entrada de recursos de investidores estrangeiros no País, da redução das operações de ‘carry trade’ por causa da queda do diferencial de juros entre o Brasil e os EUA,  das idas e vindas das negociações comerciais entre EUA-China, da turbulência em diversos países da América Latina que acabam contaminando o Brasil, bem como da demora na agenda de reformas pós-Previdência.
 
No mês, os vencimentos de DI mais longos acumularam em torno de 45 pontos de prêmios, diante da piora do dólar.
 
Comentários que teriam sido feitos pelo diretor de Política Monetária do Banco Central durante encontros fechados que constavam em sua agenda, foram lidos como o plano de voo da autoridade monetária está mantido, apesar do aumento da pressão no câmbio, o que significa que a comunicação anterior, de redução da Selic para 4,5%, segue valendo. 
 
O IGP-M subiu 0,30% em novembro, o que representa desaceleração frente a outubro quando o indicador oscilou 0,68%. Com o resultado, o IPG-M acumulou variação de 5,11% em 2019 e de 3,97% nos 12 meses encerrados em novembro. O resultado da margem foi superior à mediana das expectativas que indicava alta de 0,13% e intervalo entre 0,11% a 0,32%.

A Pnad Contínua mostrou recuo na taxa de desemprego no trimestre encerrado em outubro para 11,6%, ante 11,8% no trimestre até setembro. O dado veio em cima da mediana das estimativas. A pesquisa mostrou avanço na renda média real de 0,8%, ante igual período de 2018, mas nada que sugira pressões inflacionárias vinda do mercado de trabalho. O dado reforçou a recuperação lenta do mercado de trabalho, em linha com a retomada da economia.

 

O Fed divulgou seu Livro Bege, sumário das condições econômicas nos EUA, segundo o qual os preços subiram em ritmo modesto nas últimas semanas e as perspectivas, em geral, permaneceram positivas. O PIB veio acima do previsto e encomendas de bens duráveis acima das expectativas. Os gastos com consumo, porém, decepcionaram. 
 
A sanção pelo presidente americano da lei de apoio a manifestantes de Hong Kong foi seguida de ameaça de retaliação pela China. As incertezas sobre um entendimento estão longe de se dissipar.

Semana de 2 a 6 dezembro

Serão divulgados indicadores relevantes da economia brasileira, com destaque para o PIB do terceiro tri na terça-feira dia 3. Na segunda-feira, o Ministério da Economia informa os números da balança comercial de novembro. Estes são aguardados com alguma expectativa, dada a preocupação com as contas externas, agravada após a divulgação das transações correntes de outubro que já acumulam déficit de 3% do PIB em 12 meses. Ainda, o IBGE divulga a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), na quarta e o IPCA de novembro na sexta.

No exterior, o destaque da agenda é o relatório do mercado de trabalho nos EUA na sexta-feira (6). Ao longo da semana, está prevista a divulgação de vários Índices de Gerentes de Compra (PMI), entre eles os dos EUA, zona do euro, China e Brasil.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa

Estruturas a Termo de Taxas de Juros Anbima (Curvas de Juros)

Gráfico de Retorno versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos da Renda Fixa nominais brutos do Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar e CDI

Rentabilidades da Renda Fixa (Tesouro Direto) em %CDI

Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Comportamento das Taxas para Renda Fixa - Tesouro Direto