Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 114

Curva de Juros Futuro do DI em 18/09/2020

Curva de Juros Futuro do DI em 25/09/2020

Highlights (Resumo):

Queda nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): Banco Central sinalizou estar tranquilo com relação à inflação futura, otimista com o horizonte para atividade, atento aos riscos fiscais e pronto para atuar se for preciso.

Destaque(s): Bacen. Fiquem de olho na LFT (Tesouro Selic)!

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercados Focus (28) trouxe nova revisão para cima para o IPCA deste ano, passando de 1,99% para 2,05%, mas a sinalização do Banco Central é a de que está muito confortável com a inflação futura.

Após duas semanas fechando com aumento na inclinação, a curva de juros terminou essa semana mostrando algum alívio nas taxas e conduzida  por sinais de que a reforma tributária pode caminhar, de que o Banco Central está tranquilo com relação à inflação futura, otimista com o horizonte para atividade, atento aos riscos fiscais e pronto para atuar se for preciso, e na postura do Tesouro de reduzir a oferta de papéis prefixados de longo prazo no leilão de quinta-feira (24). Além disso, a ata do Copom e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) reforçaram a ideia de Selic estável em 2,00% por um bom tempo. Na ata, o Copom sinalizou que não pretende elevar a taxa Selic enquanto as projeções e expectativas de inflação seguirem abaixo da meta.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, destacou que os juros altos na parte longa da curva denotam prêmio fiscal. “Não é um fenômeno de expectativas de inflação”, explicou. Lembrou ainda, que a manutenção do atual regime fiscal é um dos condicionantes do “forward guidance” do BC.

A aceleração do IPCA-15, de 0,23% em agosto para 0,45% em setembro, superando a mediana das estimativas (0,39%), com pressão localizada sobretudo nos preços de alimentação, teve efeito pontual nos negócios e não alterou a percepção do mercado de manutenção da Selic em 2,00% por um período prolongado.

O dólar encerrou a sexta-feira (25) em R$ 5,5553, com alta semanal de 3,3%, a terceira consecutiva de valorização. Marcada por intensa volatilidade, a moeda americana oscilou da mínima de R$ 5,38 na terça-feira (22) à máxima de R$ 5,62 na quinta-feira (24), em um ambiente repleto de incertezas nos cenários interno e externo. No exterior, preocupações com o repique dos casos de covid-19 na Europa, atividade econômica global aquém do esperado, a falta de acordo nos EUA para aprovar um pacote de socorro fiscal, além da proximidade da eleição presidencial americana com todos os desdobramentos que ela pode trazer. No Brasil, a indefinição na questão fiscal segue incentivando a cautela do mercado e contribuindo para a depreciação. No ano, o dólar acumula alta de 38% no Brasil, enquanto sobe 29% na Turquia, 22% na África do Sul e 15% no México.

Semana de 28 de setembro a 2 de outubro

No exterior, o mercado permanecerá com as atenções voltadas à negociação para um acordo fiscal nos EUA que ajude a dar suporte à economia e que está emperrado em meio à disputa pela presidência do país a pouco mais de um mês do pleito. Na terça-feira (29), haverá o primeiro debate entre o candidato republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden. No radar, também segue todo o noticiário em torno da nova onda de Covid-19 na Europa e eventuais medidas de aperto de isolamento social.

A agenda de indicadores é carregada de destaques tanto internamente quanto no exterior. Lá fora, serão divulgados, nos EUA o relatório de emprego referente a setembro na sexta-feira (2), e também a leitura final do PIB do segundo tri na quarta (30).

No Brasil, estão previstos nos próximos dias o IGP-M de setembro, o saldo do Caged e a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), ambos de agosto, e a Pnad Contínua de julho. Ainda, a semana reserva os dados fiscais referentes a agosto, como o resultado do Governo Central e os números do setor público consolidado.

Na agenda política, desoneração de folha de pagamentos, recriação da CPMF, reformas e outras definições no âmbito fiscal podem influenciar o humor do mercado.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

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Gráfico de Retorno versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

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Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado

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