Principal(is) vetor(es): Preocupações em relação aos efeitos de uma segunda onda de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos, com o mercado em dúvida sobre o desfecho da eleição americana e se o resultado será judicializado, bem como a redução nas perspectivas de um novo pacote de estímulos para a economia dos EUA antes da eleição seguiram influenciando as taxas e adicionando mais prêmio à curva de juros.
Destaque(s): Covid e Eleições nos EUA.
Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
O Relatório de Mercado Focus (03) mostrou que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 2,99% para 3,02%. Há um mês, estava em 2,12%. Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 2,91% para 2,92%. Para 2021, a estimativa do Top 5 permaneceu em 3,27%. A projeção dos economistas para a inflação está bem abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%. No caso de 2021, a meta é de 3,75%.
Preocupações em relação aos efeitos de uma segunda onda de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos, com o mercado em dúvida sobre o desfecho da eleição americana e se o resultado será judicializado, bem como a redução nas perspectivas de um novo pacote de estímulos para a economia dos EUA antes da eleição seguiram influenciando as taxas e adicionando mais prêmio à curva de juros, embora questões locais, tais como: temor fiscal, falta de avanço das reformas e recente alta dos preços ajudassem a sustentar esse movimento.
O tom mais dovish do comunicado do Copom após manter a Selic em 2,00%, confirmando que as condições para o forward guidance, que indica manutenção da Selic no nível atual por um longo período seguem satisfeitas, que considera como algo transitório o choque recente de preços, e que ainda vê “espaço remanescente” para utilização da política monetária, a reação positiva à afirmação do ministro da Economia defendendo a austeridade fiscal, as reformas e a agenda de privatização, e ainda os leilões de NTN-B e LTN concentrados basicamente nos papéis curtos, não foram suficientes para mudar a trajetória de alta da curva de juros.
O dólar fechou outubro cotado em R$ 5,7380, acumulando alta de 2,13%, o terceiro mês seguido de ganhos. Em 2020, a valorização chega a 43%, a maior entre emergentes, e a moeda americana caiu somente em dois meses, maio e julho. Tudo isso mesmo depois de o BC gastar mais de US$ 20 bilhões das reservas neste ano, sendo que, apenas nesta semana foram US$ 1,8 bilhão. Incertezas ficais devem ajudar a manter o câmbio pressionado, além de preocupações com a piora da economia mundial em meio ao crescimento dos casos de coronavírus na Europa e EUA.
Semana de 3 a 6 de novembro
Chega ao fim a corrida eleitoral nos EUA, com o término do processo de votação para presidente na terça-feira (3). O democrata Joe Biden está à frente nas pesquisas de intenção de voto em relação ao republicano Donald Trump. Uma eleição apertada pode abrir brecha para contestação judicial. Na quarta-feira (4), haverá reunião de política monetária do Fed. Entre os indicadores, divulgação das vagas de trabalho em outubro, o payroll, no relatório de emprego norte-americano que sai na sexta-feira (6).
No Brasil, na segunda-feira (2) é Dia de Finados e a semana dos mercados só começa na terça-feira (3), já com a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidiu manter a Selic em 2% ao ano como esperado. Na lista de indicadores, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) de setembro na quarta (4) e o IPCA de outubro na sexta (6).
Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra,
Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)
Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar
Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado
Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI