Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 130

Curva de Juros Futuro do DI em 15/01/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 08/01/2021

Highlights (Resumo):

Alta no trecho curto e intermediário da Curva de Juros.

Principal(is) vetor(es):  O temor de que a deterioração do clima político em meio a troca de acusações entre o presidente do País, o atual presidente da Câmara e o governador de São Paulo siga afetando o andamento da agenda de reformas, as preocupações com a crise sanitária no Amazonas e receio de descontrole da segunda onda da doença por todo o País com implicações políticas e econômicas e o desconforto com a possibilidade de retomada das atividades do Congresso para votação de medidas emergenciais como retomada do auxílio emergencial e de estímulos à economia em caso de necessidade de novo lockdown, o que trouxe piora da percepção do risco fiscal.

Destaque(s): Risco Fiscal e Corona Vírus.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus revisou a projeção para o IPCA deste ano de 3,34% para 3,43%. A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2021 de 3,75%. A meta de 2022 é de 3,50%. Entre as instituições denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2021 foi de 3,74% para 3,40%.

Os juros futuros encerraram a semana com viés de alta em função de certa cautela do mercado na espera do desenrolar do noticiário político e da vacinação contra a covid-19, mas com desinclinação da curva a termo amparada no debate pelo mercado do fim do forward guidance pelo Banco Central na próxima reunião do Copom. O diferencial entre as taxas do DI jan/22 e jan/27, medida da inclinação da curva, passou de 390 pontos-base na sexta-feira (8) a 376 no dia (15).

A elevação na parte curta e intermediária da curva de juros refletiu:

• O temor de que a deterioração do clima político em meio a troca de acusações entre o presidente do País, o atual presidente da Câmara e o governador de São Paulo siga afetando o andamento da agenda de reformas,

• As preocupações com a crise sanitária no Amazonas e receio de descontrole da segunda onda da doença por todo o País com implicações políticas e econômicas,

• E o desconforto com a possibilidade de retomada das atividades do Congresso para votação de medidas emergenciais como retomada do auxílio emergencial e de estímulos à economia em caso de necessidade de novo lockdown, o que trouxe piora da percepção do risco fiscal.

O resultado do IPCA no fechamento de 2020 acima das expectativas, com as taxas de dezembro (1,35%) e acumulado do ano (4,52%) não alterou a aposta majoritária de Selic estável em 2,00% ao ano na decisão do Copom na quarta-feira (20).

O dólar à vista fechou a sexta-feira (15) na máxima do dia, cotado a R$ 5,3042, com alta de 1,81%, mas acumulou queda na semana de 2,1% sustentado por uma série de captações de empresas brasileiras no exterior, além de sinalizações dovish do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o “momento de aumentar juros não está nem um pouco próximo” e que a inflação muito baixa é um problema “muito maior a ser resolvido”.

Por outro lado, a forte aceleração de casos e mortes por coronavírus no Brasil e no mundo, as dificuldades de organização de um plano de vacinação por aqui, o recrudescimento das pressões para mais gastos públicos aumentando o risco fiscal e aumento da tensão no cenário político que está piorando após a situação de caos no Amazonas ajudaram a limitar melhora do real.  
 
No exterior, o anúncio por Joe Biden do pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão foi recebido com cautela pelo mercado e cresceu o temor de que o presidente eleito tenha dificuldades de aprová-lo na íntegra, mesmo com os democratas controlando o Congresso.
 
Semana de 18 a 22 de janeiro

No Brasil, a principal notícia é o início da vacinação contra covid-19 após aprovação do uso emergencial da Coronavac e Oxford pela Anvisa.

Na agenda local, o principal evento é a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira (20). O comitê deve manter a taxa Selic no atual patamar de 2%, conforme espera o mercado, mas poderá dar novas sinalizações sobre o futuro da política de juros do Banco Central, levando em consideração os mais recentes dados de inflação e atividade econômica.

Na agenda de eventos econômicos internacionais está a reunião do Banco Central Europeu (BCE), que na quinta-feira (21) anuncia sua decisão de política monetária. É esperada também a reunião de política monetária do Banco do Japão (BoJ) na quinta-feira (21).

O foco das atenções no exterior estará na posse do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, também no dia 20. Há ainda previsão de votação do impeachment do presidente Donald Trump no Senado após aprovação na Câmara.
Fonte: Broadcast

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