Quedas na Taxas de Juros com redução da inclinação.
Principal(is) vetor(es): Copom pode antecipar o aperto monetário, candidatos do governo têm chances reais de vencerem as eleições do Congresso, menor oferta de títulos pelo Tesouro Nacional e sinais de melhora com o compromisso fiscal pelo Executivo.
Destaque(s): Copom e Risco Fiscal.
Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
O Relatório de Mercado Focus (01) mostrou que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 3,50% para 3,53%, mas o BC voltou a reforçar na semana passada que vê o choque de preços como temporário. Há um mês estava em 3,32%. A estimativa para a inflação está abaixo do centro da meta de 2021, de 3,75%.
Os juros futuros encerraram a semana com forte desinclinação da curva a termo, influência da ata do Copom e aposta em andamento das reformas após as eleições no Congresso. O diferencial entre as taxas do DI jan/22 e jan/27 passou de 412 pontos-base na sexta-feira (22) para 371 pontos.
Os principais drivers que sustentaram o alívio nos prêmios de risco foram:
a revelação na ata do Copom de que alguns integrantes do colegiado consideraram a possibilidade de iniciar o aperto monetário já na reunião do dia 20 de janeiro, com percepção de parte do mercado de que a Selic poderá subir já em março, e outros antecipando o cenário de abertura do ciclo para o primeiro semestre,
a percepção do mercado de que os candidatos apoiados pelo governo têm chances reais de vencerem as eleições para o comando do Congresso, o que poderia fazer a agenda econômica e de reformas avançar,
a oferta menor de títulos no bem sucedido leilão do Tesouro,
e os sinais de responsabilidade fiscal emitidos pelo governo após os discursos do presidente Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, de comprometimento com a regra do teto de gastos.
A moeda americana encerrou a semana cotada a R$ 5,4745 no mercado à vista, encerrando janeiro com valorização acumulada de 5,51%, a maior alta desde março de 2020. O desconforto do mercado com o risco fiscal do governo impediu recuo maior do dólar, mesmo com fluxo externo forte. Também ajudaram na alta:
as incertezas internas em meio ao agravamento da pandemia de coronavírus no Brasil,
a perspectiva de menor crescimento diante de revisões de projeções do crescimento do PIB brasileiro para 2021 e rombo recorde em 2020 do setor público consolidado,
a expectativa com a agenda econômica após as eleições para presidências da Câmara e do Senado e se haverá prorrogação do auxílio emergencial,
a possível greve dos caminhoneiros,
e o ambiente externo avesso ao risco por conta de temores sobre o alcance dos movimentos especulativos com ações em Nova York e possibilidade de diminuição do pacote fiscal nos EUA em negociação no Congresso.
Semana de 01 a 05 de fevereiro
Entre os destaques da agenda está a eleição no dia 1º para as presidências da Câmara e do Senado. Os favoritos são os candidatos apoiados pelo governo. Na agenda de indicadores, haverá divulgação do resultado da produção industrial de dezembro.
No exterior, o relatório de emprego nos EUA será divulgado na sexta-feira (5) com os números do payroll. O documento vai mostrar como se comportou o mercado de trabalho norte-americano em janeiro, mês de forte agravamento da disseminação da Covid-19. Na Europa, o Banco da Inglaterra (BoE) terá decisão de política monetária na quinta-feira (4).
Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra,
Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)
Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar
Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado
Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI