Highlights (Resumo): Forte Alta nas Taxas Médias e Curtas e Queda marginal nas Taxas de Juros Longas. (Desinclinou)
Principal(is) vetor(es): Copom mais duro que o esperado com movimento agressivo do Copom ao elevar a Selic em 75 pts, somado a crise sanitária, expectativas de maiores números de inflação, ruídos políticos e a problemática fiscal.
Destaque(s): COPOM, Covid, inflação, política e fiscal.
Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
O Relatório de Mercado Focus (22) elevou a previsão do IPCA este ano pela décima primeira semana consecutiva. Foi de alta de 4,60% para 4,71%. Há um mês estava em 3,82%. A projeção para a inflação está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%.
Influenciada pelo movimento agressivo do Copom ao elevar a Selic em 75 pts, acima do esperado por boa parte do mercado, sinalização do comunicado de que outra elevação na mesma magnitude virá em maio e leitura de que um BC mais hawkish agora reduziria a necessidade de um ajuste mais intenso da taxa básica adiante, a semana foi de desinclinação da curva de juro a termo. A perda de inclinação medida pelo diferencial entre os contratos DIs jan/22 e jan/27, passou de 382 pontos na sexta-feira (12) para 347 no fechamento dia 19.
Contribuíram para o aumento de prêmio na parte curta e intermediária:
o ajuste à estratégia agressiva do Copom de fazer um ciclo mais rápido com uma elevação maior da Selic agora,
o colapso do sistema de Saúde no País com vacinação em atraso, lockdowns em várias cidades e o impacto sobre as contas públicas, num quadro de enfraquecimento da atividade que exija mais apoio fiscal do governo,
o cenário de expressivas revisões em alta das expectativas do mercado para a inflação,
os ruídos políticos envolvendo a troca de comando no Ministério da Saúde,
e o quadro fiscal agravado pela concessão de auxilio emergencial sem contrapartidas fiscais relevantes.
Algumas instituições promoveram revisões nas estimativas para o ciclo total de alta este ano. Outras preferiram esperar detalhes da Ata e do RTI. A Focus aponta Selic de 5% no fim de 2021 e a precificação da curva acima de 6%, com elevação de 1 ponto porcentual para o Copom de maio e de 0,75 ponto para junho.
O Fed manteve sua postura dovish e sinalizou que os juros seguirão baixos até 2023. O presidente da instituição, Jerome Powell, disse que vê a alta da inflação como pontual e que não reduzirá o impulso monetário por causa disso, e declarou também que “até emitirmos sinal claro, não considerem que estamos a caminho de retirar estímulos”.
O dólar encerrou a sexta-feira cotado a R$ 5,4853 no mercado à vista, acumulando queda de 1,34% na semana e alta de 5,7% no ano refletindo:
a decisão do Banco Central de elevar a Selic em ritmo mais forte,
a perspectiva de um aperto monetário mais rápido e intenso podendo chegar a 1 pp na próxima reunião em maio e não 0,75pp,
as intervenções no câmbio do BC,
a expectativa de entrada maior de fluxo do exterior com aumento do diferencial de juros interno e externos,
além de desmonte de posições defensivas.
Semana de 22 a 26 de março
Internamente, a agenda de indicadores e eventos tem como destaques a divulgação da ata do Copom na terça-feira (23) e do RTI na quinta-feira (25). Na sequência de divulgação do RTI, o diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, darão entrevistas virtuais para falar sobre a decisão de elevar a Selic em 75 pts, para 2,75% ano. O mercado espera alguma sinalização da autoridade monetária sobre os próximos passos. Haverá ainda a divulgação do IPCA-15 de março na quinta-feira.
Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra,
Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)
Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar
Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado
Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI