Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 141

Curva de Juros Futuro do DI em 01/04/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 26/03/2021

Highlights (Resumo): Ganho de Inclinação na Curva. Queda nos Curtos e Alta na parte Longa.

Principal(is) vetor(es): Incertezas em relação aos ajustes no Orçamento de 2021 aprovado no Congresso com bilhões em emendas parlamentares,
o desempenho negativo do real, o avanço do petróleo que pode suscitar novos reajustes nos preços internos de combustíveis, o retorno dos Treasuries de 10 anos voltando a superar 1,7%, os receios com a evolução da covid-19 em meio aos sucessivos recordes diários de casos e mortes no País, além dos ruídos políticos em meio a troca de ministros e cobrança do mercado e sociedade por respostas à crise sanitária e econômica.

Destaque(s): Risco Fiscal, Político, Petróleo e COVID.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus (05) mostrou que a mediana para o IPCA este ano seguiu em alta de 4,81%. Há um mês estava em 3,98%. A projeção para a inflação está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%.

A curva de juros encerrou a semana com ganho de inclinação em torno de 20 pontos-base, refletindo o ambiente doméstico deteriorado pelo fiscal e pelo coronavírus. Na comparação entre os DIs jan/22 e jan/27, o diferencial fechou em 417 pontos, de 397 na sexta-feira (26).

 

Contribuíram para o comportamento da curva:

  • as incertezas em relação aos ajustes no Orçamento de 2021 aprovado no Congresso com bilhões em emendas parlamentares, por ser considerado inexequível dentro do teto de gastos,
  • o desempenho negativo do real, com o dólar chegando a bater em R$ 5,80,
  • o avanço do petróleo que pode suscitar novos reajustes nos preços internos de combustíveis,
  • o retorno dos Treasuries de 10 anos voltando a superar 1,7%,
  • os receios com a evolução da covid-19 em meio aos sucessivos recordes diários de casos e mortes no País, na medida em que pode exigir mais ajuda do governo e retardar a reabertura das atividades e a retomada da economia,
  • além dos ruídos políticos em meio a troca de ministros e cobrança do mercado e sociedade por respostas à crise sanitária e econômica.

A curva tem precificado maior chance de alta de 100 pontos-base da Selic em maio, e nos dias de maior estresse no mercado a possibilidade de um aumento de 125 p.b também aparece.

O dólar encerrou a semana cotado a R$ 5,7153 no mercado à vista, voltando a acumular alta superior a 10% no ano. O mercado tomou posição defensiva apoiado:

  • no impasse em relação aos ajustes no Orçamento de 2021 que subestima despesas obrigatórias e aumenta emendas parlamentares,
  • na expectativa de que dados mais fortes do mercado de trabalho americano possam pressionar os juros dos Treasuries,
  • no caos sanitário no País em meio ao auge da pandemia de covid-19 na qual o ritmo de vacinação é lento,
  • além do tombo visto na Pesquisa Industrial Mensal (PMI) de fevereiro que adiciona cautela sobre a recuperação econômica.

Semana de 05 a 09 de abril

A questão do Orçamento de 2021 seguirá no radar do mercado, na medida em que o corte de R$ 10 bilhões em emendas proposto pelo relator Márcio Bittar foi visto como insuficiente para recompor o valor das despesas obrigatórias subestimado na peça aprovada pelo Congresso. Do mesmo modo, o noticiário em torno da Covid será monitorado de perto. Os sucessivos recordes no número de casos e de mortes, o colapso do sistema de saúde e o atraso no cronograma de vacinação colocam em xeque a possibilidade de afrouxamento das regras mais rígidas de restrição de mobilidade e fechamento de comércio e serviços pelo País.

Na agenda de indicadores, o destaque é o IPCA de março na sexta-feira (9).

No exterior, as atenções se voltam para a divulgação da ata do Fed na quarta-feira (07). A expectativa é que o documento possa trazer detalhes da avaliação dos diretores a respeito da inflação, num cenário de economia americana em aceleração em meio ao ritmo forte da vacinação contra Covid e pacotes de estímulos fiscais.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Curvas de Juros do Tesouro Direto

Gráfico de Retorno versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos e Volatilidade da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI