Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 147

Curva de Juros Futuro do DI em 14/05/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 07/05/2021

Highlights (Resumo): Alta nas Taxas de Juros

Principal(is) vetor(es): os índices de inflação dos EUA em abril ficaram bem acima das expectativas, elevando incertezas sobre a continuidade da política monetária acomodatícia nos EUA, o tom dovish do Copom, o IBC-Br de março melhor do que o esperado, a perspectiva de persistência de pressões inflacionárias por aqui, ruídos políticos vindos da CPI da Covid.

Destaque(s): EUA, Política, Inflação e Fiscal.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus elevou novamente a previsão para o IPCA de 2021 de 5,06% para 5,15%, e para 2022, que é o foco agora do Banco Central, de 3,61% para 3,64%, em meio aos temores globais com inflação. A projeção para a inflação está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%. A meta de 2022 é de 3,50%.

Na semana em que os índices de inflação em abril ficaram bem acima das expectativas, elevando incertezas sobre a continuidade da política monetária acomodatícia nos EUA no curto prazo, a curva a termo ganhou inclinação de 10 pts, considerando o spread entre os contratos DI jan/23 e jan/29, que fechou em 241 pontos-base, ante 231 no encerramento na sexta-feira (7).

 

Apesar da volatilidade, dirigentes do Fed ratificaram avaliações de que a elevação da inflação nos EUA ocorre por fatores temporários e que, portanto, não são estruturais, o que reforça os argumentos do banco central americano de que os estímulos de política monetária não serão retirados tão cedo.

 

Outros fatores que influenciaram o comportamento da curva de juros foram:

 

  • o tom dovish do Copom na ata que reforçou a mensagem do comunicado de que o processo de normalização da Selic será parcial, mantendo algum nível de estímulo, argumentando que um ajuste total poderia levar as expectativas de inflação para muito abaixo da meta,
  • o IBC-Br de março melhor do que o esperado levando a uma onda de revisões para cima das projeções para o PIB deste ano,
  • a perspectiva de persistência de pressões inflacionárias em meio a indicadores de atividade melhores do que o esperado e ao choque das commodities, gerando dúvidas sobre a estratégia de normalização apenas parcial da política monetária defendida pelo Banco Central,
  • os ruídos políticos vindos da CPI da Covid,
  • e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a retirada do ICMS do cálculo do PIS/Cofins, que evitou o pior dos cenários para o governo.

 

O IPCA fechou abril com alta de 0,31%, ante um avanço de 0,93% em março, pouco acima da mediana, que era de 0,29%. A taxa acumulada em 12 meses acelerou de 6,10% em março para 6,76% em abril.

O dólar à vista fechou a semana a R$ 5,2710, acumulando valorização de 0,81%. As preocupações com a disparada da inflação americana ajudaram a fortalecer o dólar no mercado internacional, com o temor de que o Fed tenha que retirar mais cedo os estímulos monetários extraordinários adotados na pandemia, que têm inundado o mercado de liquidez e levado recursos aos emergentes.

“Membros do Fed têm contribuído para amenizar as preocupações, ressaltando que o conjunto de dados observado não revela inflação permanente, e dois indicadores da atividade dos EUA, as vendas no varejo e a produção industrial mostraram números abaixo do previsto em abril e ajudaram a reduzir, ao menos por ora, o temor de superaquecimento da maior economia do mundo.

Semana de 17 a 21 de maio

Na agenda econômica do exterior, o Fed divulga a ata da sua última reunião de política monetária e está prevista ainda uma bateria de dados da economia da China referentes a abril.

Da cena política no Brasil, as atenções estarão nos desdobramentos da CPI da Covid e na possibilidade de avanço das reformas tributária e administrativa.

No radar ficam os bastidores das reuniões trimestrais de diretores do Banco Central com economistas e o IGP-10 de maio.

Fonte: Broadcast

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