Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 149

Curva de Juros Futuro do DI em 28/05/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 21/05/2021

Highlights (Resumo): Queda nas Taxas de Juros com redução na inclinação.

Principal(is) vetor(es): superávit primário do governo central ficando perto do teto das estimativas, comentários positivos da Fitch sobre o cumprimento do teto de gastos pelo governo, revisão do PAF, aprovação da reforma administrativa na CCJ da Câmara e o IPCA-15 de maio perto do piso das projeções.

Destaque(s): Inflação e Fiscal.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus alterou a previsão para o IPCA este ano de alta de 5,24% para 5,31%. A projeção para a inflação em 2021 já está acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central. O centro da meta para o ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

A aceleração do IGP-M de maio acima do consenso do mercado, somado ao agravamento da crise hídrica garantiram o viés de alta no trecho curto da curva, enquanto os vencimentos médios e longos caíram beneficiados pela queda do dólar ante o real, aliado a uma semana benigna nas taxas no exterior e percepção de uma situação fiscal doméstica um pouco melhor do que o antecipado. Essa combinação levou a uma desinclinação substancial da curva a termo de juros, com o diferencial entre as taxas dos contratos DI jan/22 e jan/27 cedendo a 340 pontos, o menor nível no fechamento desde 18 de março deste ano (328 pontos).

 

Outros fatores ajudaram a provocar a retirada consistente de prêmios na curva:

  • o superávit primário do governo central em abril perto do teto das estimativas,
  • a Fitch reafirmou a nota do Brasil e teceu comentários positivos sobre o cumprimento do teto de gastos pelo governo,
  • Na revisão do PAF, o Tesouro mudou sua estratégia para a DPF e vai emitir um volume menor de títulos prefixados, concentrando mais suas emissões em papéis atrelados à Selic e à inflação e com menor exposição da dívida de curto prazo,
  • aprovação da reforma administrativa na CCJ da Câmara,
  • e o arrefecimento da inflação mostrado pelo IPCA-15 de maio perto do piso das projeções.

Nos EUA, predominou a visão de que a pressão registrada pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE) acima das projeções é insuficiente para aumentar a preocupação do Fed ou provocar uma redução de estímulos.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que ” o cenário atual continua indicando para um processo de normalização parcial, com manutenção de algum estímulo monetário”.

Embora o risco fiscal retornando à cena com a chance de nova prorrogação do auxílio emergencial e possibilidade de uma terceira onda da covid-19 no Brasil, as taxas mostram que continua majoritária a aposta de 75 pts de alta da Selic no próximo Copom em junho, com precificação na curva no fim do ano em torno de 6,4%.

 

O dólar à vista terminou a sexta-feira cotado a R$ 5,2121, acumulando desvalorização de 2,64% na semana e de 4,05% em maio.

Entre os principais catalisadores da queda frente o real estão:

  • a visão mais otimista com o quadro fiscal brasileiro,
  • a perspectiva de economia mais aquecida,
  • novos ingressos de fluxo cambial comercial e financeiro,
  • e a perda de força dos juros dos Treasuries e do dólar no exterior.

Indicadores mistos nos EUA divulgados nos últimos dias vêm ajudando a reforçar a visão de que a economia americana ainda precisará de estímulos extraordinários por mais algum tempo.

Semana de 31 de maio a 04 de junho

As atenções do mercado doméstico deverão se concentrar na divulgação do PIB do primeiro tri a ser divulgado na terça-feira (dia 1º) e no resultado da produção industrial de abril.
Nos EUA, o relatório de emprego (payroll) de maio estará no foco. Depois da frustração com números mais fracos que o esperado em abril, os indicadores do mercado de trabalho serão acompanhados de perto, uma vez que o Fed tem condicionado a retirada dos estímulos econômicos no país à melhora na geração de vagas. Os dados serão divulgados entre quinta-feira (ADP) e sexta (Payoll).

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Curvas de Juros do Tesouro Direto

Gráfico de Retorno versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos e Volatilidade da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI