Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 150

Curva de Juros Futuro do DI em 04/06/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 28/05/2021

Highlights (Resumo): Queda nas Taxas de Juros com redução na inclinação.

Principal(is) vetor(es): queda das taxas dos Treasuries e do dólar globalmente, melhora das expectativas para atividade, revisões em alta nas projeções de crescimento do PIB, possível avanço da vacinação, superávit primário do governo central em abril acima do teto da mediana das estimativas,
queda da produção industrial em abril maior que a mediana esperada, decisão da S&P Global de reafirmar a nota BB- do País e manter a perspectiva estável, além de um quadro fiscal menos deteriorado do que se antecipava.

Destaque(s): EUA, atividade e Fiscal.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus (7) alterou a previsão para o IPCA este ano, de alta de 5,31% para 5,44%, acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. O centro da meta para o ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

A decepção com o relatório de emprego pelo segundo mês seguido, indicando um mercado de trabalho menos pujante do que o antecipado nos EUA, tirou força do debate sobre a retirada de estímulos monetários pelo Fed. A divulgação do payroll acabou resultando em apetite global por risco e a semana terminou na menor inclinação para a curva a termo desde março de 2020, quando considerado o diferencial entre os contratos DI jan/22 e jan/27.
Na comparação com a sexta-feira anterior (28), esse diferencial cedeu 20 pontos-base, em mais uma constatação do aumento do otimismo com o Brasil.

 

Contribuiu também para a devolução de prêmios a combinação de:

 

  • queda das taxas dos Treasuries e do dólar globalmente,
  • melhora das expectativas para atividade após indicadores positivos conhecidos recentemente,
  • o que se reflete em maior arrecadação de impostos e consequente melhora de perspectiva para as contas públicas,
  • revisões em alta nas projeções de crescimento do PIB,
  • possível avanço da vacinação,
  • superávit primário do governo central em abril acima do teto da mediana das estimativas,
  • queda da produção industrial em abril maior que a mediana esperada,
  • decisão da S&P Global de reafirmar a nota BB- do País e manter a perspectiva estável,
  • além de um quadro fiscal menos deteriorado do que se antecipava.

O otimismo prevaleceu apesar de riscos relacionados à crise hídrica, preocupação com a inflação corrente e uma terceira onda da pandemia no segundo semestre.

 

O dólar encerrou a semana cotado no mercado à vista a R$ 5,0356, em baixa de 3,39%, no menor nível em um ano, quando encerrou o dia 10 de junho de 2020 a R$ 4,9355.

A queda refletiu:

  • o apetite por risco no exterior após o payroll de maio ter vindo abaixo do esperado,
  • o dado diminuiu a preocupação com a retirada de estímulos pelo Fed no curto prazo,
  • o fluxo comercial e financeiro positivo,
  • as captações de recursos externos por empresas,
  • o desmonte de posições defensivas, principalmente por estrangeiros,
  • a melhor perspectiva para a retomada da economia local,
  • e de números fiscais melhores,
  • e promessa de maior vacinação contra a covid.

Semana de 7 a 11 de junho

O mercado de juros acompanhará a leitura de maio do IPCA na quarta-feira (9), além dos dados de abril para varejo na terça-feira (8) e serviços sexta-feira (11).

No exterior, destaque para a inflação ao consumidor (CPI) dos EUA e a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), ambos na quinta-feira (10).  Também serão conhecidos dados de importações e exportações da China que podem ajudar a calibrar as projeções para o ritmo de crescimento do país.

Fonte: Broadcast

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Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

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