Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 153

Curva de Juros Futuro do DI em 25/06/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 18/06/2021

Highlights (Resumo): Queda nas Taxas de Juros com redução na inclinação.

Principal(is) vetor(es):

Tom menos hawkish do RTI em relação à ata do Copom, reiterando a indicação de novo aumento de 75 pontos-base da Selic em agosto, para 5,00%, a curva a termo teve importante desinclinação.

Destaque(s): RTI e Ata Copom.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus (28) alterou a previsão para o IPCA este ano de alta de 5,90% para 5,97%, se distanciando ainda mais do teto da meta de 2021, de 5,25%. Há um mês estava em 5,31%. A projeção para o índice em 2022 seguiu em 3,78%. Quatro semanas atrás estava em 3,68%. A meta de 2022 é de 3,50%.

Na semana, diante do tom menos hawkish do RTI em relação à ata do Copom, reiterando a indicação de novo aumento de 75 pontos-base da Selic em agosto, para 5,00%, a curva a termo teve importante desinclinação.

 

O nível de inclinação da curva medida pelo diferencial entre os contratos DI jan/27 e jan/22 terminou em 286 pontos, bem abaixo dos 320 pontos da sexta-feira anterior (18).

O desenho da curva refletiu uma série de eventos ao longo da semana:

  • o IPCA-15 de junho ligeiramente abaixo da mediana das estimativas, ao contrário das últimas leituras que surpreenderam negativamente,
  • o RTI promoveu um ajuste nas apostas de elevação da Selic no próximo Copom, passando a indicar o mercado dividido entre um aumento de 1 pp e expectativa de uma alta de 0,75 ponto de volta no jogo, com a primeira hipótese ainda majoritária,
  • queda do dólar de mais de 2,5% na semana,
  • a mediana das estimativas de IPCA para 2022 no Boletim Focus (21) parou de piorar,
  • a decisão do CMN de continuar reduzindo e fixar a meta de inflação de 2024 em 3%, com margens de tolerância de 1,5 ponto,
  • a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, dizendo que o governo pretende renovar por mais três meses o auxílio emergencial até outubro, e que o dólar, após ter rompido o piso dos R$ 5,00, ainda pode cair mais,
  • os dados de pedidos semanais de auxílio-desemprego e de encomendas de bens duráveis em maio piores do que o estimado, além da inflação medida pelo PCE nos EUA deixar a percepção de que o Fed ainda vai seguir com a política monetária acomodatícia,
  • o presidente do Fed, Jerome Powell, ter repetido que o salto na inflação dos EUA deve ser temporário, descartando uma alta “preventiva” de juros pelo Fed,
  • o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, retocou as declarações da sexta-feira (18), ao considerar que ainda levará algum tempo para que o “tapering”, como é chamado o processo de retirada dos estímulos à economia, comece a ser efetuado nos EUA,
  • a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ressaltou que, mesmo com os gargalos na cadeia de suprimentos e recuperação da demanda interna, o movimento nos preços será temporário e a inflação na zona do euro permanecerá reprimida.

Ficou no radar do mercado, a situação do governo diante das acusações de corrupção no processo de compra de vacinas indianas contra Covid-19 pelo Ministério da Saúde.

O dólar à vista terminou a sexta-feira (25) cotado a R$ 4,9377, acumulando queda de 2,58% na semana, 5,5% em junho e quase 5% no ano.

Os fatores que influenciaram o preço da moeda americana essa semana foram:

  • melhora das estimativas de crescimento e da expectativa de novas altas da taxa Selic,
  • continuado fluxo cambial positivo,
  • e dados de consumo e inflação do PCE, além de declarações de membros do Fed diminuírem temores de uma alta prematura dos juros nos EUA.

Semana de 28 de junho a 02 de julho

O destaque na agenda é a divulgação do relatório de emprego deste mês nos EUA, que traz os dados do saldo líquido de vagas, na sexta-feira (02). Os números serão importantes para balizar a discussão sobre a retomada da economia e seus impactos sobre a inflação e a política monetária do Fed.

No Brasil, saem ao longo da semana dados de atividade que vão fomentar o debate sobre o ritmo da retomada da economia. Ainda serão divulgados os indicadores do Caged na segunda-feira (28) e a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), na sexta.

Fonte: Broadcast

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