Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 156

Curva de Juros Futuro do DI em 16/07/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 08/07/2021

Highlights (Resumo): Queda nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): desaceleração do IGP-M, o IBC-Br bem mais fraco do que o consenso, o receio com as implicações da disseminação da variante delta do coronavírus pelo mundo, desconforto com a reforma tributária, o estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro e tendência de redução dos níveis dos ruídos políticos, o presidente do Fed, Jerome Powell que buscou manter o discurso dovish.

Destaque(s): Inflação, Política, Covid e FED.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus (19) alterou a previsão para o IPCA este ano de alta de 6,11% para 6,31%, bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. O centro da meta para o ano é de 3,75%. A projeção para o índice em 2022 seguiu em 3,75%. Quatro semanas atrás estava em 3,78%. A meta de 2022 é de 3,50%.

A curva a termo perdeu inclinação na semana com recuo das taxas em todos os vértices. O spread entre os DIs para jan/22 e jan/27 recuou de 289 pontos-base no dia 8, para 281 pontos na sexta-feira (16).

Os principais elementos da combinação de fatores que levaram ao fechamento da curva de juros foram:

  • o IGP-M caiu 0,04% na primeira prévia de julho, após ter avançado 1,24% na primeira prévia de junho,
  • o IGP-10 de julho teve importante desaceleração ao subir 0,18%, pouco acima da mediana das estimativas (0,15%) e bem menos do que em junho (2,23%),
  • o IBC-Br bem mais fraco do que o consenso,
  • o resultado do volume de serviços prestados acima da mediana das estimativas,
  • o receio com as implicações da disseminação da variante delta do coronavírus pelo mundo,
  • o desconforto com a reforma tributária com possível perda de arrecadação e seus impactos fiscais,
  • o estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro e tendência de redução dos níveis dos ruídos políticos,
  • o presidente do Fed, Jerome Powell, admitiu que a inflação nos EUA está bem acima da meta (2%), em um nível “desconfortável”, que as discussões sobre o “tapering” continuarão no próximo encontro do banco central americano, mas, buscou manter o discurso dovish.
    Repetiu o argumento de que a alta da inflação é transitória e que só haverá alta de juros quando o pleno emprego estiver perto, o que, para ele, ainda não ocorre.

O dólar à vista encerrou a sexta-feira (16) negociado a R$ 5,1154. Na semana, a moeda americana cedeu 2,36%. Isso fez com que a valorização acumulada do dólar frente ao real em julho caísse para 2,86%.

A apreciação do real ao longo desta semana é atribuída a uma combinação dos fatores:

  • certo alívio com o novo relatório da reforma tributária,
  • a redução das tensões políticas, a despeito do avanço das investigações na CPI da Covid e certo temor de aumentos de gastos,
  • apesar de ter admitido certo desconforto com os índices de inflação recentes, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou o discurso de cautela na redução dos estímulos monetários, sinalizando uma postura ainda acomodatícia,
  • queda do índice preliminar de confiança do consumidor norte-americano neste mês,
  • alta inesperada das vendas no varejo nos EUA em junho reforçando a cautela com a inflação americana,
  • e alívio na tensão entre os poderes em meio à permanência do presidente Bolsonaro em hospital em São Paulo.

Semana de 19 a 23 de julho de 2021

Expectativa de menor ruído político no Brasil em função do início do recesso parlamentar, que vai até 31 de julho, e  pausa nos trabalhos da CPI da Covid. Na agenda, destaque para o IPCA-15 deste mês previsto para sexta-feira (23). Há expectativa ainda, de divulgação dos dados de arrecadação de junho.

No exterior, o ponto alto do calendário econômico é a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira (22).

Fonte: Broadcast

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