Highlights (Resumo): Mais uma semana (segunda) de Forte Alta nas Taxas de Juros.
Principal(is) vetor(es): Semana de ganho de inclinação da curva de juros refletindo os temores do mercado com a constante incerteza fiscal, crise político-institucional, cenário de inflação pressionada e perspectiva do Banco Central seguir mais agressivo com o aperto monetário que o esperado.
Destaque(s): Copom, Fiscal, Inflação e Política.
Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
O Relatório de Mercado Focus (16) alterou a previsão para o IPCA este ano de alta de 6,88% para 7,05%, bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. Há um mês estava em 6,31%. A projeção para o índice em 2022 foi de 3,84% para 3,90%. Quatro semanas atrás estava em 3,75%. A meta de 2022 é de 3,50%.
Semana de ganho de inclinação da curva de juros refletindo os temores do mercado coma constante incerteza fiscal, crise político-institucional, cenário de inflação pressionada e perspectiva do Banco Central seguir mais agressivo com o aperto monetário que o esperado. O diferencial entre os vértices de jan/22 e jan/27 fechou em 320 pontos-base, de 293 na sexta-feira anterior (06).
Os principais condutores do movimento da curva foram:
a ata do Copom reforçando a sinalização de mais elevação de 100 pontos-base da Selic do comunicado, e disse que as altas de juros devem superar o patamar acima do neutro,
o IGP-DI de julho acima da mediana esperada,
o IPCA veio em linha com o esperado, com leitura dos preços de abertura considerada ruim,
o desempenho fraco das vendas no varejo de junho, ficando aquém do piso das estimativas do mercado, indicando que o ritmo da atividade pode não ser tão forte quanto se esperava,
a inflação ao produtor dos EUA em julho acima do esperado, resgatando a cautela após o alívio dado pela inflação ao consumidor, e recolocando no jogo os temores sobre a retirada de estímulos,
o crescimento do volume de serviços prestado em junho ante maio, de 1,7%, quatro vezes acima da mediana das estimativas,
o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que é impossível para qualquer banco central do mundo fazer um trabalho de segurar as expectativas de inflação com um fiscal descontrolado. Disse ainda que “a missão número 1 é manter preços sob controle, atingindo metas de inflação”.
declarações do secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, “Estamos sendo passageiros da inflação, não temos mais controle”,
e o IBC-Br de junho mais forte, com alta de 1,14% em junho ante maio, e de +9,07% na comparação interanual, superando a mediana das estimativas.
O dólar à vista encerrou a semana com variação reduzida (+0,17%), cotado a R$ 5,2451. Em agosto avança 0,68%. A percepção crescente de aumento do risco fiscal doméstico acaba impedindo que o real se beneficie da perspectiva de aperto monetário maior e mais prolongado.
Os fatores que influenciaram as alterações no valor do dólar foram:
a forte queda da confiança do consumidor dos EUA na preliminar de agosto, cedendo ao menor nível desde 2011, contrariando a previsão de leve alta do mercado,
as preocupações com o avanço da variante delta do coronavírus e seus possíveis efeitos na economia global,
os temores com aumento do risco fiscal brasileiro: notícias sobre o parcelamento de precatórios e criação do novo Bolsa Família com ampliação de valor e abrangência do programa,
e as preocupações com o orçamento de 2022 e as expectativas para a condução da reforma do IR.
Semana de 16 a 20 de agosto
No Brasil, a agenda é fraca em termos de eventos e indicadores. O mercado vai manter as atenções em Brasília, onde na terça-feira (17) está marcada a votação da proposta de reforma do Imposto de Renda na Câmara.
No exterior, a ata do Fed na quarta-feira (18) poderá dar mais subsídios às expectativas sobre a política monetária americana, em especial sobre a reversão do programa de compra de ativos, que deve começar já nos próximos meses. Ainda haverá a divulgação do PIB da zona do euro no segundo tri.
Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra,
Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)
Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar
Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado
Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI