Outros fatores que movimentaram a curva foram:
- o IGP-M de agosto mostrando desaceleração e abaixo da mediana das estimativas,
- o agravamento da crise hídrica, com níveis dos reservatórios baixando e exigindo acionamento das térmicas, cuja energia é mais cara,
- o resultado fraco do PIB brasileiro no segundo tri abaixo da mediana das previsões,
- as derrotas do governo no Senado (aprovação de mudança nos planos de saúde das estatais e a rejeição de uma MP que fazia uma reforma trabalhista) e a aprovação da reforma do Imposto de renda na Câmara,
- a queda da produção industrial de julho maior do que a esperada,
- a cautela antes dos feriados nos EUA e no Brasil, sendo que aqui, o 7 de Setembro tem manifestações programadas que podem acentuar as tensões político-institucionais,
- e os dados aquém do esperado do relatório de emprego (payroll) nos EUA, indicando que o Fed pode adiar mais um pouco o processo de retirada dos estímulos monetários (tapering).
O dólar à vista encerrou a semana cotado a R$ 5,1845, acumulando leve queda, de 0,21%.
Os principais vetores que alteraram o preço da moeda americana foram:
- os dados do relatório de emprego (payroll) nos EUA, com criação de vagas em agosto bem abaixo das expectativas, alimentaram a expectativa de que o Fed pode postergar o início da retirada dos estímulos monetários (tapering),
- o feriado do Dia do Trabalho nos EUA e do Dia da Independência no Brasil com expectativas de manifestações a favor do governo, o que pode aumentar a crise política institucional,
- o persistente desconforto com as indefinições no cenário fiscal relacionadas a falta de solução para a questão dos precatórios, fontes de recursos para o reajuste do Bolsa Família e a reforma do imposto de renda aprovada pela Câmara,
- e a perspectiva de entrada de capitais para operações de arbitragem entre o diferencial de juros interno e externo.
Semana 06 a 10 de setembro
Semana mais curta com mercados fechados nos EUA na segunda-feira (06), feriado do Dia do Trabalho, e no Brasil, na terça-feira (07), feriado do Dia da Independência.
A inflação pelo IPCA em agosto na quinta-feira (09) e as vendas do varejo em julho na sexta-feira (10) são os principais indicadores da agenda doméstica. O IGP-DI em agosto e a produção e venda de veículos medida pela Anfavea no mesmo mês saem na quarta-feira (08). Na segunda-feira (06), o mercado avalia a pesquisa Focus e dados semanais da balança comercial. Também há grande expectativa em relação às manifestações programadas para 7 de setembro.
No exterior, o destaque é a divulgação do Livro Bege, na quarta-feira (08). Na zona do euro, a leitura final do PIB do segundo tri está programada para terça-feira (07), e a reunião de política monetária do BCE, quinta-feira (09), além de dados da economia da China ao longo da semana.