Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 163

Curva de Juros Futuro do DI em 03/09/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 27/08/2021

Highlights (Resumo): Forte alta nas Taxas de Juros mais longas.

Principal(is) vetor(es): renovadas preocupações com o cenário doméstico com a crise hídrica, riscos fiscais e inflacionários, atividade e clima político-institucional tenso.

Destaque(s):  Fiscal, Político e Crise Hídrica.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus (06) alterou a previsão para a inflação este ano de alta de 7,27% para 7,58%, se distanciando ainda mais do teto da meta, de 5,25%. Há um mês estava em 6,88%. A projeção para o índice em 2022 foi de 3,95% para 3,98%. Quatro semanas atrás estava em 3,84%.
A meta de 2022 é de 3,50%.

Os juros futuros fecharam a semana em alta ao longo de toda a curva a termo, com ganho importante de inclinação, refletindo as renovadas preocupações com o cenário doméstico com a crise hídrica, riscos fiscais e inflacionários, atividade e clima político-institucional tenso. O spread entre os DIs jan/22 e jan/27 fechou em 346 pontos, de 295 na sexta-feira anterior (27).

Outros fatores que movimentaram a curva foram:

  • o IGP-M de agosto mostrando desaceleração e abaixo da mediana das estimativas,
  • o agravamento da crise hídrica, com níveis dos reservatórios baixando e exigindo acionamento das térmicas, cuja energia é mais cara,
  • o resultado fraco do PIB brasileiro no segundo tri abaixo da mediana das previsões,
  • as derrotas do governo no Senado (aprovação de mudança nos planos de saúde das estatais e a rejeição de uma MP que fazia uma reforma trabalhista) e a aprovação da reforma do Imposto de renda na Câmara,
  • a queda da produção industrial de julho maior do que a esperada,
  • a cautela antes dos feriados nos EUA e no Brasil, sendo que aqui, o 7 de Setembro tem manifestações programadas que podem acentuar as tensões político-institucionais,
  • e os dados aquém do esperado do relatório de emprego (payroll) nos EUA, indicando que o Fed pode adiar mais um pouco o processo de retirada dos estímulos monetários (tapering).

O dólar à vista encerrou a semana cotado a R$ 5,1845, acumulando leve queda, de 0,21%.

Os principais vetores que alteraram o preço da moeda americana foram:

  • os dados do relatório de emprego (payroll) nos EUA, com criação de vagas em agosto bem abaixo das expectativas, alimentaram a expectativa de que o Fed pode postergar o início da retirada dos estímulos monetários (tapering),
  • o feriado do Dia do Trabalho nos EUA e do Dia da Independência no Brasil com expectativas de manifestações a favor do governo, o que pode aumentar a crise política institucional,
  • o persistente desconforto com as indefinições no cenário fiscal relacionadas a falta de solução para a questão dos precatórios, fontes de recursos para o reajuste do Bolsa Família e a reforma do imposto de renda aprovada pela Câmara,
  • e a perspectiva de entrada de capitais para operações de arbitragem entre o diferencial de juros interno e externo.

Semana 06 a 10 de setembro

Semana mais curta com mercados fechados nos EUA na segunda-feira (06), feriado do Dia do Trabalho, e no Brasil, na terça-feira (07), feriado do Dia da Independência.

A inflação pelo IPCA em agosto na quinta-feira (09) e as vendas do varejo em julho na sexta-feira (10) são os principais indicadores da agenda doméstica. O IGP-DI em agosto e a produção e venda de veículos medida pela Anfavea no mesmo mês saem na quarta-feira (08). Na segunda-feira (06), o mercado avalia a pesquisa Focus e dados semanais da balança comercial. Também há grande expectativa em relação às manifestações programadas para 7 de setembro.

No exterior, o destaque é a divulgação do Livro Bege, na quarta-feira (08). Na zona do euro, a leitura final do PIB do segundo tri está programada para terça-feira (07), e a reunião de política monetária do BCE, quinta-feira (09), além de dados da economia da China ao longo da semana.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

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Gráfico de Retorno versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos e Volatilidade da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado

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