Os principais fatores que influenciaram o movimento da curva foram:
- as perspectivas pessimistas para preços na esteira da crise hídrica e retomada do setor de serviços,
- o debate sobre o impeachment do presidente ganhando força por causa de seus discursos nas manifestações de 7 de setembro, alimentando a crise institucional e colocando em dúvida o futuro da solução para os precatórios e toda a agenda de reformas nos próximos meses,
- o alívio com a divulgação de uma carta com tom conciliador do presidente Bolsonaro em relação aos ataques ao STF, manifestando “respeito pelas instituições da República” e pela Constituição,
- os sinais de que as paralisações dos caminhoneiros pelo Brasil estavam perdendo força,
- os números acima do esperado para as vendas no varejo em julho, que subiram 1,2% na margem, acima da mediana estimada (0,7%),
- e as preocupações com o crescimento da economia global diante do avanço da variante delta do coronavírus.
- Diante do cenário adverso, o mercado está dividido entre aperto de 1,25 e 1,5 ponto na Selic no Copom de setembro, com as chances de chegar a dois dígitos no final do ciclo entrando no radar.
O dólar à vista terminou a semana com valorização de 1,59%, cotado a R$ 5,2671. No acumulado do mês sobe 1,84%.
Os vetores que influenciaram as alterações no preço da moeda americana foram:
- as dúvidas sobre o efeito e duração do aceno de paz do presidente Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF),
- as incertezas com a atividade econômica nos EUA por causa do espalhamento da variante Delta do coronavírus,
- a alta do euro diante do tom um pouco mais hawkish do Banco Central Europeu (BCE) quanto a estímulos monetários,
- a sinalização de alta da taxa Selic que deve estimular a entrada de fluxo estrangeiro para operações de ‘carry trade’,
- e as dúvidas sobre como o governo vai viabilizar o pagamento de precatórios e um reajuste do Bolsa Família respeitando o teto de gastos.
Semana de 13 a 17 de setembro
Na agenda doméstica, sai na terça-feira (14) a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de julho, na quarta-feira (15) tem IBC-Br de julho e, na quinta-feira (16), o IGP-10 de setembro. Há expectativa ainda em torno de uma solução para o caso dos precatórios.
No exterior, na terça-feira será divulgado o CPI dos EUA, além de vendas no varejo e produção industrial da China. Na quarta-feira saem CPI do Reino Unido, produção industrial da zona do euro e dos EUA. Na quinta-feira tem vendas no varejo dos EUA e balança comercial da zona do euro. Na sexta-feira (17) serão conhecidos as vendas no varejo do Reino Unido e CPI da zona do euro.