Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 166

Curva de Juros Futuro do DI em 24/09/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 17/09/2021

Highlights (Resumo): Queda nas nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): ajuste baixista das taxas refletiu o comunicado do Copom, que avaliou que o ritmo atual de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante.

Destaque(s): Copom.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus (27) elevou a previsão para o IPCA este ano pela 25ª semana seguida, de alta de 8,35% para 8,45%. A projeção para a inflação em 2021 segue bem acima do teto da meta, de 5,25%. Há um mês, estava em 7,27%. A projeção para o índice em 2022 foi de 4,10% para 4,12%, décimo aumento consecutivo. Quatro semanas atrás, estava em 3,95%.

A semana no mercado de juros foi de devolução de prêmios com perda de inclinação da curva a termo de 25 pts, considerando o spread entre os DIs para jan/27 e jan/22, refletindo o ajuste ao comunicado do Copom, que avaliou que o ritmo atual de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante.

O desenho da curva foi definido pelos seguintes fatores:

  • o comunicado do Fed afirmando que “se o progresso da economia continuar como esperado, moderar compras de ativos será necessário em breve”, e Powell dizendo que pode começar a retirada de estímulos, o tapering, em novembro, mas que não há decisão sobre isso ainda e o processo será “muito gradual”,
  • o forte aumento na oferta de papéis prefixados de longo prazo no leilão do Tesouro,
  • a piora da percepção sobre a área fiscal com o risco de prorrogação do auxílio emergencial que acaba em outubro, e num valor de R$ 400, caso as fontes de financiamento do programa Auxílio-Brasil: PEC dos precatórios e a taxação de dividendos na reforma do IR não sejam aprovadas,
  • o IPCA-15 de setembro que subiu 1,14%, no teto das estimativas, a maior taxa para o mês desde 1994, chegando a dois dígitos no acumulado de 12 meses, com todos os núcleos e aberturas avançando,
  • o avanço mais firme do rendimento dos Treasuries, com a taxa da T-Note de dez anos atingindo 1,46%,
  • e o cenário externo de maior cautela com a China, dado o aumento do risco de calote da incorporadora Evergrande, que não honrou o pagamento de de juros programados.

O dólar à vista encerrou o pregão na sexta-feira cotado a R$ 5,3438, terminando a semana com valorização acumulada de 1,17%. Em setembro, o dólar acumula valorização de 3,32%.

A movimentação do preço da moeda americana espelhou:

  • a sinalização do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o início da redução da compra mensal de bônus (‘tapering’) deve começar em novembro,
  • a alta dos rendimentos dos títulos da dívida pública americana,
  • os temores relacionados aos desdobramentos da crise de solvência da incorporadora chinesa Evergrande sobre os mercados imobiliário e financeiro,
  • a queda de 6,5 pontos na confiança do consumidor medido pela FGV em setembro ante agosto,
  • e o IPCA-15 de setembro no teto das expectativas, o que levou a variação acumulada em 12 meses a 10,05%.

Semana de 27 de setembro a 1º de outubro

A agenda doméstica tem como destaques a divulgação da ata do Copom na terça-feira (28), e o Relatório de Inflação (RI) na quinta-feira (30). Os documentos e as declarações poderão dar mais pistas sobre o plano de voo do Banco Central. Teremos ainda a divulgação do Caged (agosto), Pnad (julho) e o IGP-M (setembro).

No exterior, a crise na incorporadora Evergrande vem ganhando maiores proporções e também fica no radar, ainda que a avaliação seja de que o risco sistêmico é baixo. Na agenda, o destaque são os dados de preços e gastos com consumo (PCE) de agosto nos EUA na sexta-feira (1º). 

Fonte: Broadcast

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