Outros fatores que contribuíram para o desenho da curva a termo foram:
- na ata do Copom, os diretores afirmaram que o “esmorecimento no esforço de reformas” e “alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural”,
- o documento traz ainda que o Comitê avaliou cenários com ritmos de ajuste maiores do que 1,5 ponto,
- a percepção de que um Banco Central mais agressivo agora alivia a necessidade de aperto maior mais à frente,
- a incerteza com o cenário de aprovação da PEC dos Precatórios, com sinais de dificuldades que o governo terá nas próximas fases de tramitação,
- a postura do Tesouro, de novamente antecipar a divulgação dos lotes de prefixados para o leilão e ofertar volume pequeno,
- a notícia sobre um medicamento da Pfizer com alta eficácia contra casos graves de covid-19,
- a criação de vagas de trabalho acima do previsto nos EUA,
- as declarações consideradas “dovish” do presidente do Fed, Jerome Powell, anunciando que o tapering começa este mês, e que o apoio à recuperação econômica nos EUA seguirá mesmo com a redução mensal nas compras de ativos,
- e a queda dos juros dos Treasuries após o Fed sinalizar que mesmo iniciando o tapering não irá subir os juros.
- O dólar no mercado à vista fechou na sexta-feira (05) cotado a R$ 5,5227, encerrando a primeira semana de novembro em queda de 2,19% e avanço de 6,44% no acumulado do ano.
As alterações no preço da moeda americana refletiram:
- o ambiente externo de apetite ao risco na esteira do aumento da confiança na economia dos EUA após a divulgação de dados fortes do emprego americano,
- a postura dovish do Fed, que não deve subir os juros antes de que o mercado de trabalho complete sua recuperação,
- a notícia da Pfizer sobre eficácia do medicamento que reduz o risco de internação ou morte entre pessoas com casos graves de covid-19,
- os relatos de entrada de fluxos e ajustes de posições de grandes tesourarias,
- e as dúvidas sobre as chances de avanço da PEC dos precatórios versus declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira, de que há condições para aprovação.
Semana de 08 a 12 de novembro
A votação em segundo turno da PEC dos Precatórios na Câmara na terça-feira (09), é um dos destaques da agenda, juntamente com o IPCA de outubro na quarta-feira (10). Na quinta-feira (11) tem vendas no varejo e sexta-feira (12), a pesquisa de serviços, ambos de setembro.
Na agenda internacional, na terça-feira tem PPI dos EUA de outubro, além de CPI e PPI da China. Na quarta-feira saem o CPI da Alemanha e dos EUA. O PIB do Reino Unido será divulgado na quinta-feira, assim como a produção industrial. Sexta-feira é dia de produção industrial da zona do euro e sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, dos EUA.