Highlights (Resumo): Queda nas nas Taxas de Juros.
Principal(is) vetor(es): redução das apostas em torno de um Copom mais agressivo, os dado de serviços (PMS) de setembro surpreender negativamente e endossar o risco de recessão da economia mostrado pelos números fracos das vendas no varejo.
Destaque(s): Copom e Atividade Econômica.
Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
No Relatório de Mercado Focus (16), a projeção para a inflação em 2021 subiu pela 32ª semana consecutiva, passando de 9,33% para 9,77%, cada vez mais próxima dos dois dígitos e distante do teto da meta, de 5,25%. Há um mês, estava em 8,69%. A estimativa para o índice em 2022 também continuou subindo, de 4,63% para 4,79%, o 17º aumento seguido. Quatro semanas atrás, estava em 4,18%. A meta de 2022 é de 3,50%.
A curva de juros devolveu prêmios de risco apoiada na redução das apostas em torno de um Copom mais agressivo na reunião de dezembro após o dado de serviços (PMS) de setembro surpreender negativamente e endossar o risco de recessão da economia mostrado pelos números fracos das vendas no varejo, e passou a operar com inclinação negativa. O spread entre os vértices DI jan/27 e jan/23 saiu de 5 pontos-base na sexta anterior (05), para -32 no encerramento da semana.
Outros vetores que atuaram em ambas as direções sobre a curva a termo foram:
a alta do rendimento dos Treasuries,
o CPI de outubro nos EUA (0,9%) superando as estimativas de 0,6%. O núcleo de 0,6% igualmente veio acima do consenso, de 0,4%,
o aumento do risco de antecipação de alta de juros nos EUA,
a queda do dólar,
o volume de serviços prestados caiu 0,6% em setembro ante agosto, contrariando a expectativa de alta de 0,5% e ficou abaixo do piso das estimavas (-0,4%),
as vendas do comércio varejista caíram 1,3% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, uma queda bem maior do que a mediana (-0,6%),
o efeito positivo da aprovação da PEC dos Precatórios, com melhora nas expectativas de que também avance no Senado,
as declarações da diretora de Assuntos Internacionais do Banco Central, Fernanda Guardado, reforçando a ideia de manutenção do ritmo de aperto de 1,5 ponto porcentual,
e a aceleração do IPCA de outubro a 1,25%, superando o teto das estimativas e passando a registrar alta de 10,67% em 12 meses.
O dólar encerrou a semana em queda de 1,19%, cotado a R$ 5,4569 no mercado à vista, e já acumula perda 3,35% em novembro, após ganhos de 3,67% em outubro.
Os fatores que influenciaram os preços da moeda americana foram:
a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados,
as incertezas quando a tramitação da PEC no Senado,
os dados fracos da economia brasileira,
o volume de serviços prestados em setembro ante agosto abaixo do piso das estimativas,
a decepção com o resultado das vendas do varejo em setembro,
o IPCA de outubro acima das expectativas,
a perspectiva de avanço da taxa Selic para dois dígitos e atração de fluxo de recursos estrangeiros,
e o alívio quanto à crise do setor imobiliário na China, em meio a sinais de ajuda do governo e pagamento de bônus da Evergrande.
Semana de 16 a 19 de novembro
A semana começa com o feriado em homenagem à Proclamação da República, na segunda-feira, dia 15, fechando os mercados domésticos, enquanto no exterior os negócios transcorrem normalmente.
A agenda está mais fraca tanto aqui quanto no exterior. No Brasil, será divulgado o IGP-10 de novembro e o IBC-Br de setembro na terça-feira (16).
Lá fora, haverá discursos de vários dirigentes do Fed, vendas no varejo em outubro nos EUA, e dados de inflação e PIB da zona do euro ao longo da semana.
Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra,
Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)
Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar
Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado
Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI