Principal(is) vetor(es): preocupações com a PEC dos Precatórios, inflação aqui e mundo a fora e Covid na Europa.
Destaque(s): Risco Fiscal e Inflacionário.
Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
A projeção para a inflação em 2021 no Relatório de Mercado Focus (22) alcançou dois dígitos, a 10,12%, em alta ininterrupta há 33 semanas e muito distante do teto da meta, de 5,25%. Há um mês, estava em 8,96%. A estimativa para o IPCA em 2022 também continuou subindo, de 4,79% para 4,96%, o 18º aumento seguido e já encosta no teto da meta, de 5,00%. Quatro semanas atrás, estava em 4,40%.
A semana no mercado de juros foi de redução da inclinação negativa da curva a termo amparada na possibilidade de que um fatiamento da PEC dos Precatórios acelere a tramitação no Senado e ajude a arrefecer um pouco a percepção de risco fiscal. O spread entre os DIs jan/27 e jan/23 ficou em -21 pontos-base, de -32 na sexta-feira anterior (12).
Outros fatores que ajudaram a construir o desenho da curva foram:
o presidente do BC, Roberto Campos Neto, alertou que um aumento expressivo da taxa básica num ambiente de crescimento fraco tem consequências nocivas para a dívida,
as preocupações com uma piora da pandemia de covid-19 na Europa em meio a pressões inflacionárias globais,
o cenário de inflação continuando a piorar, com avanço do IGP-M na segunda prévia de novembro,
o temor da resposta dos bancos centrais à pressão inflacionária no mundo,
o aceno do governo com reajustes de salários de servidores públicos com o espaço aberto pela PEC dos precatórios no Orçamento de 2022,
a queda do IBC-br de setembro, de 0,27%, menos pior que a estimativa de queda de 0,30%,
o IGP-10 registrou alta de 1,19% em novembro, após ter recuado 0,31% em outubro, abaixo da mediana de 1,51%,
a diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do BC, Fernanda Guardado, disse que “o BC vai colocar a taxa de juros onde precisar”,
os dados de vendas no varejo e produção industrial dos EUA em outubro melhores que o esperado,
e os sinais de aquecimento da atividade nos EUA reacendendo o debate sobre quando o Fed iniciará o aumento de juros por lá.
O dólar à vista encerrou o pregão da sexta-feira (19) cotado a R$ 5,6089, com valorização de 2,79% na semana e ameaçando zerar as perdas no mês, que passaram a ser de apenas 0,66%.
Os vetores que influenciaram os preços da moeda americana foram:
a possibilidade de aprovação fatiada da PEC dos Precatórios,
o fortalecimento do dólar no exterior na esteira de declarações duras de dirigentes do Fed, sinalizando a possibilidade de aceleração do tapering e antecipação para algum momento de 2022 o início do aperto monetário,
e o avanço de casos de covid-19 na Europa, suscitando temores sobre a interrupção da retomada global e o adiamento da normalização das cadeias produtivas.
Semana de 22 a 26 de novembro
No Brasil, a agenda traz o IPCA-15 de novembro na quinta-feira (25), dia também em que o Banco Central publica a Nota do Setor Externo referente a outubro. Na sexta-feira (26) são esperados os números do Caged de outubro.
No exterior, os destaques estão na quarta-feira (24), com a divulgação da ata do Fed e do PIB dos EUA no terceiro tri, além do índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE) americano de outubro. Na quinta-feira (25), os mercados não funcionam em Wall Street em razão do Dia de Ação de Graças, com operação parcial na sexta, a chamada Black Friday. Na Europa, serão conhecidos índices de gerentes de compra (PMI) de vários países e também na zona do euro.
Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra,
Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)
Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar
Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado
Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI