Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 174

Curva de Juros Futuro do DI em 19/11/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 12/11/2021

Highlights (Resumo): Alta nas nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): preocupações com a PEC dos Precatórios, inflação aqui e mundo a fora e Covid na Europa.

Destaque(s):  Risco Fiscal e Inflacionário.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

A projeção para a inflação em 2021 no Relatório de Mercado Focus (22) alcançou dois dígitos, a 10,12%, em alta ininterrupta há 33 semanas e muito distante do teto da meta, de 5,25%. Há um mês, estava em 8,96%. A estimativa para o IPCA em 2022 também continuou subindo, de 4,79% para 4,96%, o 18º aumento seguido e já encosta no teto da meta, de 5,00%. Quatro semanas atrás, estava em 4,40%.

A semana no mercado de juros foi de redução da inclinação negativa da curva a termo amparada na possibilidade de que um fatiamento da PEC dos Precatórios acelere a tramitação no Senado e ajude a arrefecer um pouco a percepção de risco fiscal. O spread entre os DIs jan/27 e jan/23 ficou em -21 pontos-base, de -32 na sexta-feira anterior (12).

Outros fatores que ajudaram a construir o desenho da curva foram:

  • o presidente do BC, Roberto Campos Neto, alertou que um aumento expressivo da taxa básica num ambiente de crescimento fraco tem consequências nocivas para a dívida,
  • as preocupações com uma piora da pandemia de covid-19 na Europa em meio a pressões inflacionárias globais,
  • o cenário de inflação continuando a piorar, com avanço do IGP-M na segunda prévia de novembro,
  • o temor da resposta dos bancos centrais à pressão inflacionária no mundo,
  • o aceno do governo com reajustes de salários de servidores públicos com o espaço aberto pela PEC dos precatórios no Orçamento de 2022,
  • a queda do IBC-br de setembro, de 0,27%, menos pior que a estimativa de queda de 0,30%,
  • o IGP-10 registrou alta de 1,19% em novembro, após ter recuado 0,31% em outubro, abaixo da mediana de 1,51%,
  • a diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do BC, Fernanda Guardado, disse que “o BC vai colocar a taxa de juros onde precisar”,
  • os dados de vendas no varejo e produção industrial dos EUA em outubro melhores que o esperado,
  • e os sinais de aquecimento da atividade nos EUA reacendendo o debate sobre quando o Fed iniciará o aumento de juros por lá.

O dólar à vista encerrou o pregão da sexta-feira (19) cotado a R$ 5,6089, com valorização de 2,79% na semana e ameaçando zerar as perdas no mês, que passaram a ser de apenas 0,66%.

Os vetores que influenciaram os preços da moeda americana foram:

  • a possibilidade de aprovação fatiada da PEC dos Precatórios,
  • o fortalecimento do dólar no exterior na esteira de declarações duras de dirigentes do Fed, sinalizando a possibilidade de aceleração do tapering e antecipação para algum momento de 2022 o início do aperto monetário,
  • e o avanço de casos de covid-19 na Europa, suscitando temores sobre a interrupção da retomada global e o adiamento da normalização das cadeias produtivas.

Semana de 22 a 26 de novembro

No Brasil, a agenda traz o IPCA-15 de novembro na quinta-feira (25), dia também em que o Banco Central publica a Nota do Setor Externo referente a outubro. Na sexta-feira (26) são esperados os números do Caged de outubro.

No exterior, os destaques estão na quarta-feira (24), com a divulgação da ata do Fed e do PIB dos EUA no terceiro tri, além do índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE) americano de outubro. Na quinta-feira (25), os mercados não funcionam em Wall Street em razão do Dia de Ação de Graças, com operação parcial na sexta, a chamada Black Friday.
Na Europa, serão conhecidos índices de gerentes de compra (PMI) de vários países e também na zona do euro.

Fonte: Broadcast

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