Highlights (Resumo): Forte Queda nas Taxas de Juros.
Principal(is) vetor(es): frustração com a queda de 0,1% do PIB do terceiro tri e a produção industrial bem pior do que o esperado. Incertezas sobre os efeitos da variante Ômicron do coronavírus na economia global e consequente resposta das autoridades monetárias
Destaque(s): Covid e Dados de Atividade.
Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
A mediana apurada no Relatório Focus (6) para o IPCA em 2022 subiu de 5,00% para 5,02%, contra 5,0% do teto da meta. Foi o 20º aumento consecutivo. Há um mês, a previsão era de 4,63%. Para 2021, passou de 10,15% para 10,18%, a 35ª alta seguida e já supera em quase 5 pontos porcentuais a banda superior da meta, de 5,25%. A estimativa era de 9,33% há quatro semanas.
No mercado futuro de juros, a semana foi de devolução acentuada de prêmios da curva, refletindo a leitura de que a frustração com a queda de 0,1% do PIB do terceiro tri e a produção industrial bem pior do que o esperado, devem inibir ajustes na taxa básica além de 1,5 ponto porcentual. O spread entre os contratos DI jan/27 e jan/23 fechou a semana em -35 pontos, ante -19 pontos na sexta anterior (26).
Outros vetores que alteraram o desenho da curva ao longo da semana foram:
o otimismo com a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado,
os dados mais fracos de emprego dos EUA,
as incertezas sobre os efeitos da variante Ômicron do coronavírus na economia global e consequente resposta das autoridades monetárias,
a entrada do Brasil em recessão técnica,
o presidente do Fed, Jerome Powell, voltando a dizer que o tapering deve ser encerrado antes do previsto,
o alerta da Moderna de que as vacinas atualmente existentes devem ter eficácia reduzida contra a nova variante do coronavírus,
a desaceleração do IGP-M em novembro, abaixo do piso das projeções,
as declarações de cientistas de que a nova variante tem menor potencial de provocar casos graves de covid-19, apesar da ampla capacidade de transmissão,
e o resultado das contas do Governo Central em outubro, que tiveram superávit de R$ 28,195 bilhões, o melhor desempenho para o mês desde 2016.
A precificação da curva de juros aponta agora 100% de chances de alta de 1,5 ponto porcentual nas próximas três reuniões do Copom.
O dólar encerrou a sessão de sexta-feira (3) cotado a R$ 5,6798 no mercado à vista, encerrando a semana em alta de 1,50% e acumulando valorização de 9,46% neste ano.
Os fatores que influenciaram a troca de sinal da moeda americana ao longo da semana foram:
a divulgação de dados decepcionantes do mercado de trabalho dos EUA,
as falas do presidente do Fed, Jerome Powell, dando conta de que é preciso debater o aumento no ritmo do processo de redução de estímulos (tapering),
a diminuição da percepção de risco na área fiscal, com a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado,
e a entrada de recursos para a renda fixa brasileira, como mostraram dados do fluxo cambial.
Semana de 06 a 10 de dezembro
A reunião do Copom na quarta-feira (8) é o ponto central da agenda doméstica. Entre os indicadores, também na quarta saem os números das vendas no varejo em outubro. Na sexta-feira (10), será divulgado o IPCA de novembro. “A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de outubro sai na quinta-feira (9).
No exterior, a agenda traz o CPI dos EUA em novembro que sai na sexta-feira e o da China, na quarta, juntamente com o índice de preços ao produtor (PPI). Também são esperados o PIB na zona do euro e decisão de política monetária no Japão.
Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra,
Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)
Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar
Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado
Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI