Outros vetores que alteraram o desenho da curva ao longo da semana foram:
- o otimismo com a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado,
- os dados mais fracos de emprego dos EUA,
- as incertezas sobre os efeitos da variante Ômicron do coronavírus na economia global e consequente resposta das autoridades monetárias,
- a entrada do Brasil em recessão técnica,
- o presidente do Fed, Jerome Powell, voltando a dizer que o tapering deve ser encerrado antes do previsto,
- o alerta da Moderna de que as vacinas atualmente existentes devem ter eficácia reduzida contra a nova variante do coronavírus,
- a desaceleração do IGP-M em novembro, abaixo do piso das projeções,
- as declarações de cientistas de que a nova variante tem menor potencial de provocar casos graves de covid-19, apesar da ampla capacidade de transmissão,
- e o resultado das contas do Governo Central em outubro, que tiveram superávit de R$ 28,195 bilhões, o melhor desempenho para o mês desde 2016.
A precificação da curva de juros aponta agora 100% de chances de alta de 1,5 ponto porcentual nas próximas três reuniões do Copom.
O dólar encerrou a sessão de sexta-feira (3) cotado a R$ 5,6798 no mercado à vista, encerrando a semana em alta de 1,50% e acumulando valorização de 9,46% neste ano.
Os fatores que influenciaram a troca de sinal da moeda americana ao longo da semana foram:
- a divulgação de dados decepcionantes do mercado de trabalho dos EUA,
- as falas do presidente do Fed, Jerome Powell, dando conta de que é preciso debater o aumento no ritmo do processo de redução de estímulos (tapering),
- a diminuição da percepção de risco na área fiscal, com a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado,
- e a entrada de recursos para a renda fixa brasileira, como mostraram dados do fluxo cambial.
Semana de 06 a 10 de dezembro
A reunião do Copom na quarta-feira (8) é o ponto central da agenda doméstica. Entre os indicadores, também na quarta saem os números das vendas no varejo em outubro. Na sexta-feira (10), será divulgado o IPCA de novembro. “A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de outubro sai na quinta-feira (9).
No exterior, a agenda traz o CPI dos EUA em novembro que sai na sexta-feira e o da China, na quarta, juntamente com o índice de preços ao produtor (PPI). Também são esperados o PIB na zona do euro e decisão de política monetária no Japão.