Outros vetores que atuaram em ambas as direções sobre a curva a termo foram:
- a inflação ao consumidor nos EUA praticamente em linha com o esperado,
- o comunicado do Copom, considerado hawkish, reiterando que vai continuar subindo a Selic até que as expectativas de inflação voltem a ficar ancoradas e a inflação retome a trajetória de metas,
- o IPCA fechou novembro com alta de 0,95%, ante um avanço de 1,25% em outubro, ficando abaixo da mediana de 1,10% das estimativas, que tinham como piso 0,94%, e mostrou também desaceleração dos núcleos, além de uma pequena deflação em alimentos,
- a promulgação parcial da PEC dos Precatórios,
- a fraqueza da economia evidenciada pela a queda de 0,1% do comércio varejista em outubro, contrariando o consenso de avanço de 0,6%,
- a redução dos temores em relação ao riscos de casos graves da variante ômicron do coronavírus e dos impactos na economia global,
- e os números positivos da balança comercial chinesa.
O dólar à vista fechou a sessão de sexta-feira (10) cotado a R$ 5,6140, encerrando a semana com desvalorização de 1,16%. No acumulado do mês também cede, mas em menor magnitude, de 0,38%.
Um conjunto de fatores influenciou o preço da moeda americana:
- o forte fluxo de saída de recursos/remessas de divisas que motivou a intervenção do BC com leilão de venda à vista,
- os ajustes de expectativas em torno da trajetória das políticas monetária aqui e no exterior, na esteira da surpresa positiva com o IPCA e do CPI nos EUA em novembro acima do esperado,
- o CPI apresenta o maior nível em 40 anos, e a expectativa é de que o Fed acelere o ritmo de redução de estímulos (tapering) e acene com alta de juros já no primeiro semestre de 2022,
- a perspectiva de redução da liquidez global,
- o comunicado da Pfizer de que sua vacina possui eficácia contra a nova cepa do coronavírus, sobretudo após uma terceira dose,
- e a diminuição do risco fiscal após a aprovação parcial da PEC dos Precatórios.
Semana de 13 a 17 de dezembro
No Brasil, a ata do Copom na terça-feira (14) trará mais detalhes da decisão de elevar a Selic em 1,5 pp e da indicação de alta da mesma magnitude na reunião de fevereiro. Na quinta-feira (16) haverá divulgação do RTI do quarto tri. Entre os indicadores, serão conhecidos a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e o IBC-Br.
No exterior, decisões de política monetária de vários países concentram as atenções do mercado, como Fed, BCE, BoE e Banxico.