Os fatores que fizeram as taxas alternarem altas e baixas foram:
- os indicadores de vendas no varejo e produção industrial em dezembro abaixo do esperado nos EUA,
- no Brasil, as vendas do varejo e o resultado do setor de serviços em novembro surpreenderam positivamente,
- o avanço da variante Ômicron pelo mundo e seus efeitos na atividade econômica,
- o leilão de prefixados do Tesouro, que elevou a oferta de LTN mas reduziu a de NTN-F resultando em risco menor para o mercado,
- o resultado da inflação ao consumidor (CPI) em dezembro e anual dentro do esperado, arrefecendo receios de que o Fed pudesse ser ainda mais agressivo na condução da política monetária,
- o discurso considerado “dovish” do presidente do Fed, Jerome Powell, acalmou os mercados, reforçou a necessidade de aumento de juros para controlar a inflação, mas não sinalizou um ritmo mais acelerado de retirada de estímulos,
- a leitura foi de que haverá aumento de juros em breve, provavelmente em março, com a discussão sobre a redução do balanço patrimonial no segundo semestre,
- a desaceleração do IPCA para 0,73% em dezembro, porém acima da mediana das estimativas (0,65%) e de dois dígitos em 2021 (10,06%),
- e a incerteza sobre o quadro fiscal, com a persistente pressão dos servidores por reajustes.
O dólar à vista fechou a R$ 5,5132 na sexta-feira (14), menor valor desde 16 de novembro, encerrando a semana com desvalorização de 2,10%.
Os vetores que contribuíram para alterar os preços da moeda americana foram:
- a perda de força global da moeda americana,
- o índice de inflação ao consumidor (CPI) em dezembro em linha com o esperado,
- a queda de 1,9% das vendas no varejo dos EUA em dezembro bem pior que a previsão de analistas de -0,1%,
- a leitura de que os EUA devem iniciar a alta de juros em março, promovendo entre três e quatro elevações em 2022, mas a eventual redução do balanço patrimonial da instituição deve ficar apenas para o fim deste ano,
- as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, e o tom firme dos discursos de dirigentes contra a inflação,
- os dados acima do esperado das vendas no varejo em novembro,
- a pressão pelo reajuste dos salários dos servidores e consequente impacto fiscal,
- as captações de empresas brasileiras no exterior,
- a internalização de recursos por exportadores,
- e a volta do apetite dos investidores estrangeiros por operações de carry trade.
Semana de 17 a 21 de janeiro
No Brasil, o calendário de indicadores econômicos tem como ponto alto o IBC-Br de novembro na segunda-feira (17), dia também do IGP-10 de janeiro.
Na agenda internacional, o destaque é a bateria de dados da economia da China. A decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ) sai na terça-feira (18) e o BCE divulga a ata da sua última reunião na quinta-feira (20). A agenda inclui ainda o Fórum Econômico Mundial, na Suíça.