O desenho da curva a termo espelhou também:
- as contas do Governo Central: Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central positivas em R$ 13,824 bilhões em dezembro, o melhor desempenho para o mês desde 2013,
- o aumento das tensões entre Executivo e Judiciário, após o presidente se negar a ir depor à Polícia Federal, após decisão do ministro do STF,
- a notícia de possível veto do presidente à PEC dos Combustíveis para redução dos preços com alto custo fiscal,
- a inflação pelo PCE nos EUA em linha com as estimativas,
- o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizando o início de aperto monetário nos EUA em março e outros aumentos são esperados ao longo do ano,
- o crescimento do PIB americano acima do previsto no quarto tri,
- o aumento das apostas em um ciclo de aperto monetário mais longo no Brasil,
- a prévia da inflação de janeiro, o IPCA-15, acima da mediana, com composição considerada ruim e difusão mais alta,
- a crise geopolítica envolvendo Rússia, Ucrânia e o Ocidente,
- a divulgação do Tesouro Nacional do Relatório Mensal da Dívida e o Plano Anual de Financiamento destacando o robusto colchão de liquidez do País,
- e a desvalorização do dólar ante o real.
O dólar à vista fechou na sexta-feira (28) cotado a R$ 5,3900, acumulando queda de 1,20% na semana.
Os vetores que influenciaram o preço da moeda dos EUA foram:
- a perspectiva de alta maior da Selic atraindo operações de carry trade (operação que busca explorar o diferencial de juros entre países),
- o desmonte de posições cambiais defensivas no mercado futuro,
- os dados de inflação medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos EUA em linha com as projeções do mercado,
- o resultado do Governo Central apresentando o menor déficit primário desde 2014,
- a possibilidade de veto do presidente Bolsonaro à PEC dos combustíveis que teria forte impacto negativo nos cofres públicos neste ano,
- o IGP-M abaixo da mediana das projeções do mercado e a queda da taxa de desemprego no trimestre até novembro,
- e a continuidade de entrada de fluxo estrangeiro no mercado local.
Semana de 31 de janeiro a 04 de fevereiro
O Copom se reúne para definir o novo nível da taxa básica de juros, a Selic. Os dados do Caged e do setor público consolidado de dezembro, na segunda-feira (31). O IPC-S e a balança comercial de janeiro, na terça-feira (1). O IPC-Fipe de janeiro e os dados da produção industrial de dezembro, na quarta-feira (2).
No exterior, a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) serão divulgadas na quinta-feira (3). O relatório do mercado de trabalho (payroll) dos EUA em janeiro, na sexta-feira (4). Na China, o feriado de Ano Novo Lunar começa dia 31 e vai até 6 de fevereiro, mantendo os mercados fechados por uma semana.