Outros fatores que apoiaram o movimento da curva a termo foram:
- o relatório de emprego (payroll) em janeiro dos EUA acima do previsto, reforçando a ideia de aperto monetário em março, podendo ser de 0,50 pp,
- a alta dos yields dos Treasuries,
- as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) dos combustíveis prevendo desonerações sem nenhuma compensação fiscal,
- a indicação de aperto monetário em diversas economias importantes,
- a aceleração do IPC-Fipe e a alta da produção industrial,
- os números fracos de criação de emprego do Caged e o resultado do setor público consolidado de dezembro e de 2021 abaixo da mediana das estimativas,
- e as tensões entre Rússia e Ucrânia continuando a pressionar os preços do petróleo, o que pode ter reflexos na inflação global.
As apostas para o Copom de março ficaram mais concentradas numa alta de 1,00 pp da taxa básica, com a Selic terminal em 12,25%.
O dólar à vista fechou a R$ 5,3220 na sexta-feira (4), encerrando a semana em queda de 1,26%. No ano, a desvalorização acumulada é de 4,55%.
Os vetores que movimentaram o preço da moeda americana foram:
- o forte resultado do relatório de emprego dos EUA (payroll) em janeiro, levando a um aumento das apostas de que o Fed vai promover a partir de março, uma alta mais forte e extensa da taxa de juros,
- a informação sobre o impacto fiscal da PEC que visa reduzir os tributos sobre combustíveis em 2022 e 2023 sem compensação fiscal,
- a sinalização do Banco Central de redução do ritmo de alta da Selic e proximidade do fim do ciclo de aperto,
- e a possível alta mais forte dos juros nos EUA com o Copom indicando alta menor da Selic em março, o que pode limitar um pouco a atratividade de operações de carry trade.
Semana de 7 a 11 de fevereiro
A agenda no Brasil traz a divulgação da ata da última reunião do Copom na terça-feira (8), o IPCA de janeiro e as vendas no varejo de dezembro na quarta-feira (9), o volume de serviços na quinta-feira (10) e o IBC-Br na sexta-feira (11).
No radar do mercado, ficam as propostas para redução de impostos dos combustíveis.
No exterior, o destaque fica por conta da inflação ao consumidor dos EUA (CPI), na quinta-feira. Cautela ainda com relação à tensão geopolítica envolvendo ameaças da Rússia para invadir a Ucrânia.