Outros condutores do movimento da curva de juros foram:
- a percepção de piora no conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia,
- o leilão do Tesouro de LTN e NTN-F com oferta maior de papéis e risco para o mercado em DV01 também maior em relação aos anteriores,
- a ata do Fed lida como menos “hawkish” do que o esperado,
- a aceleração da inflação ao produtor nos EUA,
- e o bom desempenho do real, com a perspectiva de entrada de recursos para a renda fixa e variável favorecendo o câmbio.
O dólar fechou o pregão de sexta-feira (18) cotado a R$ 5,14 no mercado à vista, acumulando desvalorização de 1,95% na semana e de 3,13% em fevereiro, após ter recuado 4,84% em janeiro. O real lidera o ranking das melhores moedas do mundo em 2022.
Os vetores que influenciaram o preço da moeda americana foram:
- os temores de uma possível invasão russa à Ucrânia nos próximos dias,
- o contínuo fluxo de recursos estrangeiros para os ativos domésticos,
- a grande demanda por operações de “carry trade” (que exploram o diferencial de juros entre países),
- as sinalizações recentes de que o aperto monetário no Brasil pode chegar perto de 13% nos próximos meses,
- e as declarações de dirigentes do Fed arrefecendo as apostas em uma alta inicial dos juros nos EUA em 50 bps, no encontro do BC americano em março.
Semana de 21 a 25 de fevereiro
O destaque da agenda doméstica é a divulgação do IPCA-15 de fevereiro na quarta-feira (23), dia também dos números de conta corrente e investimento direto no País (IDP), além do relatório da dívida pública federal. Na quinta-feira (24), será divulgada a Pnad Contínua de dezembro com os dados do mercado de trabalho no quarto tri de 2021. A sexta-feira (25) é do resultado primário fiscal consolidado, IGP-M de fevereiro e a Aneel divulga a bandeira tarifária.
A votação de dois projetos para redução de preços dos combustíveis fica no foco local.
No exterior, na sexta-feira (25) saem os indicadores de renda e gasto pessoal nos EUA, incluindo o índice de preços dos gastos com consumo (PCE), medida preferida de inflação do Fed. Antes, na quinta-feira, será conhecida a leitura do PIB americano do quarto tri.
No radar do mercado estará o noticiário da crise entre a Rússia e o Ocidente na questão da Ucrânia.
O feriado do Dia do Presidente nos EUA na segunda-feira (21), mantém os mercados do país fechados e tende a reduzir a liquidez global dos negócios.