Outros vetores que conduziram o movimento da curva foram:
- a deterioração do cenário geopolítico com agravamento do conflito Rússia-Ucrânia e temores de uma guerra atômica,
- o payroll de fevereiro apontando criação de emprego nos EUA bem acima do esperado,
- a surpresa positiva com PIB do quarto tri e de 2021, ambos acima do consenso,
- o Tesouro trazendo lotes pequenos de prefixados longos na oferta do leilão,
- e a sinalização do presidente do BC americano, Jerome Powell, que defenderá um aumento de juros de 0,25 pp neste mês, reconhecendo que o conflito possivelmente levará a autoridade monetária a rever suas políticas em longo prazo.
A aposta de elevação do juro básico em 125 pontos-base no Copom de março se tornou majoritária, e a projeção da Selic no fim do atual ciclo de aperto monetário está acima de 13%.
O dólar no mercado à vista fechou a sexta-feira (4) a R$ 5,0783, encerrando a semana em queda de 1,50%, o que leva a desvalorização acumulada neste ano a 8,92%.
Os vetores que influenciaram o preço da moeda americana foram:
- o recrudescimento da guerra no leste europeu, na esteira do ataque russo a maior usina nuclear da Europa localizada na Ucrânia,
- o diferencial de juros interno e externo elevado,
- o resultado acima do esperado do relatório de emprego (payroll) dos EUA em fevereiro,
- a preocupação com as pressões inflacionárias geradas pela disparada das commodities,
- o resultado do PIB em linha com o teto das estimativas,
- o discurso mais ameno do BC americano e a possibilidade de aperto monetário mais comedido nos EUA, enquanto a perspectiva de Selic terminal aumentou,
- as migrações de capitais que estavam alocados em ativos russos para outros países emergentes, como o Brasil,
- e os temores de um conflito atômico.
Semana de 7 a 11 de março
Na agenda local, o IGP-DI de fevereiro na terça-feira (8), produção industrial de janeiro quarta-feira (9), vendas no varejo e dados de emprego do Caged quinta-feira (10), e o IPCA de fevereiro na sexta-feira (11).
No exterior, destaque para a inflação ao consumidor nos EUA e reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), ambas na quinta-feira.
No radar do mercado, continuará o noticiário sobre o conflito Rússia-Ucrânia, com avaliação sobre potenciais efeitos econômicos.