Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.
Highlights (Resumo): Forte Alta nas Taxas de Juros.
Principal(is) vetor(es): Mais uma semana de forte alta nas Taxas de Juros refletindo a deterioração do cenário inflacionário com o reajuste de combustíveis e IPCA acima da mediana. Desdobramento negativos da guerra, alta dos juros americanos por conta da inflação recorde lá e os receios com mais uma greve dos caminhoneiros.
Destaque(s): Inflação, Guerra Rússia x Ucrânia e Juros Americanos
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
A estimativa do IPCA para 2022 avançou de 5,65% para 6,45% no Relatório de Mercado Focus (14), a nona alta consecutiva, bem acima do teto da meta estabelecida para este ano, de 5,00%. Há um mês, a mediana era de 5,50%. A expectativa para o índice de inflação oficial em 2023 subiu de 3,51% para 3,70%, se distanciando do centro da meta, de 3,25%. A mediana era 3,50% há quatro semanas.
Semana de forte acúmulo de prêmios na curva de juros amparado na deterioração do cenário inflacionário com o reajuste de combustíveis e IPCA acima da mediana. O spread entre os vértices para jan/27 e jan/23 fechou em -93 pontos-base, de -127 pontos na sexta-feira anterior (04).
Dentre os fatores que puxaram para cima os juros futuros estão:
o aumento das sanções contra a Rússia em meio à guerra com a Ucrânia e negociações de cessar-fogo frustradas,
o pesado aumento nos preços dos combustíveis anunciado pela Petrobras, mas que ainda não eliminou a defasagem ante as cotações internacionais,
o IPCA de fevereiro acima da mediana das estimativas com leitura negativa dos preços de abertura e taxa mais alta para o mês desde 2015,
o risco dos projetos que tramitam no Senado para conter o efeito no IPCA piorarem o cenário fiscal,
o receio de nova greve dos caminhoneiros,
a maior taxa de inflação em 40 anos nos EUA, que também puxou os yields dos Treasuries,
a escalada dos preços do petróleo por causa da guerra na Ucrânia alimentando temores com a inflação, fiscal e consequentemente da necessidade de uma política monetária mais agressiva,
e os temores sobre os efeitos econômicos da guerra.
O dólar à vista era cotado a R$ 5,0541 no fim do pregão da sexta-feira (11), terminando a semana com desvalorização de 0,48% e perdas acumuladas em março de 1,97%.
Os vetores que influenciaram as variações da taxa de câmbio ao longo da semana foram:
as incertezas relacionadas à guerra na Ucrânia e eventuais impactos de novas sanções econômicas à Rússia,
os ingressos de recursos estrangeiros no mercado local,
as dúvidas quanto ao ritmo de alta de juros nos EUA,
a alta do IPCA de fevereiro acima do esperado,
a expectativa de taxa Selic terminal acima de 13%, o que, em tese, aumenta a atratividade das operações de carry trade,
a percepção de que o petróleo, a inflação e os juros devem continuar elevados,
o reajuste dos preços dos combustíveis anunciado pela Petrobrás,
e a informação de que transportadores de carros e de combustíveis poderiam parar e não fazer novas viagens.
Semana de 14 a 18 de março
Os destaques na agenda são as reuniões de política monetária no Brasil e no exterior. Na quarta-feira (16), o Copom decide sobre a Selic, atualmente em 10,75%. No mesmo dia estão programados o IGP-10 de março e o volume de serviços de janeiro. O IBC-Br de janeiro sai na quinta-feira (17).
Também na quarta-feira, a decisão de juros do Fed. A expectativa é de início do ciclo de alta dos juros, hoje na faixa entre zero e 0,25%, com uma dose de 25 pontos-base. Outros bancos centrais que terão reunião de política monetária são o Banco da Inglaterra, na quinta-feira (17) e o do Japão, na sexta-feira (18).
As atenções do mercado seguirão voltadas ao noticiário da guerra no leste europeu, em especial às negociações para um possível acordo de cessar-fogo.
Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra,
Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)
Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar
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Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI