Outros fatores que contribuíram para a queda das taxas foram:
- o IBC-Br de janeiro mais fraco do que o consenso das estimativas,
- a queda dos preços do petróleo,
- o recuo do dólar,
- a promessa da China de dar apoio à sua economia,
- a possível ampliação da redução da alíquota do IPI de 25% para 35%,
- a expectativa por um cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia depois que o presidente da China, Xi Jinping, ter dado sinais de apoio ao fim do conflito,
- a taxa de desocupação no Brasil dentro das expectativas,
- e a inflação medida pelo IGP-M arrefecendo a 0,90% na segunda prévia de março, de 1,94% na leitura de fevereiro.
O dólar terminou a sexta-feira (18) cotado a R$ 5,0158 no mercado à vista, encerrando a semana com desvalorização de 0,76%.
Os fatores que pesaram mais sobre a formação da taxa de câmbio nesta semana foram:
- o fluxo de recursos estrangeiro,
- o otimismo em torno de acordo para um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, após conversa entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o chinês, Xi Jinping, que teria dito que o conflito no leste europeu “não atende o interesse de ninguém”,
- a melhora da perspectiva para o crescimento após o anúncio das medidas do governo que devem injetar R$ 146 bilhões na economia,
- apesar do Fed ter prometido elevar os juros em todas as reuniões deste ano, a leitura do mercado é de que não deve haver um movimento de intensificação no ritmo de aperto,
- o aceno do governo chinês com medidas de estímulo à economia,
- a taxa real de juros brasileira muito atraente, inferior apenas à da Rússia,
- e o diferencial de juros interno e externo, que estimula as operações de carry trade.
Semana de 21 a 25 de março
Segunda-feira (21), discurso do presidente do Fed, Jerome Powell.
Terça-feira (22), o Banco Central divulga a ata do Copom, na qual o mercado buscará pistas sobre o plano de voo para a Selic, após o aumento de 1 pp, para 11,75%, na quarta-feira (16).
Quinta-feira (24), sai o Relatório de Inflação do primeiro tri.
Sexta-feira (25), o IBGE informa o IPCA-15 de março.
No radar do mercado fica a movimentação em Brasília com relação à Petrobras, que tem sido pressionada a reajustar em baixa os preços dos combustíveis.
No exterior, as atenções seguem voltadas ao Leste Europeu, onde a guerra entre a Rússia e a Ucrânia completará um mês no dia 24.