Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.
Highlights (Resumo): Queda nas Taxas de Juros.
Principal(is) vetor(es): a desvalorização do dólar ante o real, junto com o alívio nos preços do petróleo foram os principais vetores da semana.
Destaque(s): Petróleo e dólar.
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
Atraso na divulgação do Relatório Focus.
A desvalorização do dólar ante o real, junto com o alívio nos preços do petróleo voltaram a tirar prêmios da curva de juros, sobretudo nos vencimentos intermediários e longos. A queda das taxas ocorreu pela terceira semana consecutiva. Com isso, a curva continuou desinclinando. O spread entre os DIs jan/27 e jan/24 fechou em -86 pontos, de -70 pontos na sexta-feira anterior (25).
Fatores que contribuíram para o movimento de devolução de prêmios:
a percepção de que a queda do dólar pode ajudar a retirar pressão da inflação, e por consequência, também dos juros futuros,
e a queda do petróleo ajudada pela liberação de reservas estratégicas por membros da Agência Internacional de Energia (AIE) e aperto nas restrições de circulação na China por causa da nova onda de Covid-19.
Fizeram o contraponto, mas não impediram a queda das taxas:
o noticiário fiscal com aumento das pressões por reajustes salariais de servidores em ano eleitoral,
as dúvidas sobre as negociações pelo fim do conflito no Leste Europeu,
e o IGP-M de março voltando a superar as estimativas do mercado, o que pode colocar em questão o plano de voo do Banco Central.
Alguns vetores foram considerados de menor potencial para influenciar o movimento da curva de juros:
a paralisação de funcionários do Banco Central e Tesouro,
a criação de empregos no País em fevereiro no Caged acima do teto das previsões, mas não mudando a percepção negativa sobre a atividade,
a produção industrial de fevereiro acima do consenso de crescimento de 0,4%, mas não alterando a percepção negativa para a indústria nos próximos meses,
a taxa de desemprego de 11,2% no trimestre encerrado em fevereiro, no piso das estimativas,
o cenário político na véspera de fim de janela partidária,
e a leitura de que o payroll de março nos EUA pode sancionar um aperto mais forte dos juros por parte do Fed.
A conferir:
Se o apetite do mercado por posições aplicadas em prefixados vai continuar após a queda do dólar e o recuo no preço das matérias-primas reforçarem o plano de voo do Banco Central de Selic terminal a 12,75%.
O dólar à vista encerrou a sessão de sexta-feira (1) a R$ 4,6673, menor valor de fechamento desde 10 de março de 2020 (R$ 4,647), acumulando desvalorização no ano de 16,30%.
Os vetores que influenciaram a formação da taxa de câmbio foram:
o resultado forte da balança comercial em março, o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica,
o fluxo de capitais estrangeiros para ativos locais,
o diferencial de juros elevado,
com parte do mercado mantendo a previsão de que a taxa Selic possa encerrar o ciclo acima de 13%, embora o BC tenha declarado a intenção de parar em 12,75%,
os relatos de que os exportadores estão internalizando dólares em busca de rentabilidade nos juros,
e a perspectiva de valorização de algumas commodities com a continuidade dos ataques da Rússia à Ucrânia.
Agenda de indicadores e eventos de 04 a 08 de abril
Quarta-feira (6): a ata da última reunião do Fed. O mercado vai procurar pistas sobre o plano de alta nos juros.
O IGP-DI de março e a CAE do Senado vai sabatinar os novos diretores do Banco Central.
Quinta-feira (7): a ata da reunião do Banco Central Europeu (BCE) e vendas no varejo da zona do euro.
Sexta-feira (8): a divulgação do IPCA de março no Brasil e dados da Anfavea de produção e venda de veículos.
Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra,
Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)
Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar
Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado
Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI