Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 193

Curva de Juros Futuro do DI em 01/04/2022

Curva de Juros Futuro do DI em 25/03/2022

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Highlights (Resumo): Queda nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): a desvalorização do dólar ante o real, junto com o alívio nos preços do petróleo foram os principais vetores da semana.

Destaque(s): Petróleo e dólar.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

Atraso na divulgação do Relatório Focus.

A desvalorização do dólar ante o real, junto com o alívio nos preços do petróleo voltaram a tirar prêmios da curva de juros, sobretudo nos vencimentos intermediários e longos. A queda das taxas ocorreu pela terceira semana consecutiva. Com isso, a curva continuou desinclinando. O spread entre os DIs jan/27 e jan/24 fechou em -86 pontos, de -70 pontos na sexta-feira anterior (25).

Fatores que contribuíram para o movimento de devolução de prêmios:

  • a percepção de que a queda do dólar pode ajudar a retirar pressão da inflação, e por consequência, também dos juros futuros,
  • e a queda do petróleo ajudada pela liberação de reservas estratégicas por membros da Agência Internacional de Energia (AIE) e aperto nas restrições de circulação na China por causa da nova onda de Covid-19.

Fizeram o contraponto, mas não impediram a queda das taxas:

  • o noticiário fiscal com aumento das pressões por reajustes salariais de servidores em ano eleitoral,
  • as dúvidas sobre as negociações pelo fim do conflito no Leste Europeu,
  • e o IGP-M de março voltando a superar as estimativas do mercado, o que pode colocar em questão o plano de voo do Banco Central.

Alguns vetores foram considerados de menor potencial para influenciar o movimento da curva de juros:

  • a paralisação de funcionários do Banco Central e Tesouro,
  • a criação de empregos no País em fevereiro no Caged acima do teto das previsões, mas não mudando a percepção negativa sobre a atividade,
  • a produção industrial de fevereiro acima do consenso de crescimento de 0,4%, mas não alterando a percepção negativa para a indústria nos próximos meses,
  • a taxa de desemprego de 11,2% no trimestre encerrado em fevereiro, no piso das estimativas,
  • o cenário político na véspera de fim de janela partidária,
  • e a leitura de que o payroll de março nos EUA pode sancionar um aperto mais forte dos juros por parte do Fed.

A conferir:

Se o apetite do mercado por posições aplicadas em prefixados vai continuar após a queda do dólar e o recuo no preço das matérias-primas reforçarem o plano de voo do Banco Central de Selic terminal a 12,75%.

O dólar à vista encerrou a sessão de sexta-feira (1) a R$ 4,6673, menor valor de fechamento desde 10 de março de 2020 (R$ 4,647), acumulando desvalorização no ano de 16,30%.

Os vetores que influenciaram a formação da taxa de câmbio foram:

  • o resultado forte da balança comercial em março, o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica,
  • o fluxo de capitais estrangeiros para ativos locais,
  • o diferencial de juros elevado,
  • com parte do mercado mantendo a previsão de que a taxa Selic possa encerrar o ciclo acima de 13%, embora o BC tenha declarado a intenção de parar em 12,75%,
  • os relatos de que os exportadores estão internalizando dólares em busca de rentabilidade nos juros,
  • e a perspectiva de valorização de algumas commodities com a continuidade dos ataques da Rússia à Ucrânia.

Agenda de indicadores e eventos de 04 a 08 de abril

Quarta-feira (6): a ata da última reunião do Fed. O mercado vai procurar pistas sobre o plano de alta nos juros.

O IGP-DI de março e a CAE do Senado vai sabatinar os novos diretores do Banco Central.

Quinta-feira (7): a ata da reunião do Banco Central Europeu (BCE) e vendas no varejo da zona do euro.

Sexta-feira (8): a divulgação do IPCA de março no Brasil e dados da Anfavea de produção e venda de veículos.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

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Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

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