Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 198

Curva de Juros Futuro do DI em 06/05/2022

Curva de Juros Futuro do DI em 29/04/2022

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Highlights (Resumo): Alta nas Taxas de Juros Longas

Principal(is) vetor(es): alta refletiu a sinalização considerada mais hawkish (dura) do que era o consenso do comunicado do Copom e aposta em Fed mais agressivo.

Destaque(s):  Copom e FED.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus voltou a ter a sua publicação suspensa devido à greve dos servidores do Banco Central.

Semana de importante acúmulo de prêmios na curva de juros doméstica refletindo a sinalização considerada mais hawkish do que era o consenso do comunicado do Copom e aposta em Fed mais agressivo. O spread entre os vértices  jan/24  e  jan/27 passou de -75 pontos na sexta-feira anterior (29) para -66 pontos.

Outros condutores da alta dos juros futuros foram:

  • o avanço do dólar e do petróleo alimentando a percepção de que um reajuste dos preços dos combustíveis está a caminho, e que caso se concretize, a tendência é de piora nas estimativas de inflação que já rodam bem acima das metas para este e o próximo ano, exigindo mais da política monetária,
  • a abertura das taxas longas dos Treasuries, com a da T-Note de dez anos já rodando acima de 3,10%,
  • o payroll de abril acima do esperado alimentando a expectativa de que o Fed terá de acelerar o ritmo de aperto monetário em junho para conter as pressões inflacionárias,
  • os temores com os sinais de desaceleração da economia da China diante de sua política de “tolerância zero” contra a covid-19,
  • a percepção de um quadro de estagflação global,
  • a informação do Copom de que para a reunião de junho “antevê como provável uma extensão do ciclo com um ajuste de menor magnitude”,
  • e o prolongamento da guerra na Ucrânia.

Fatores que foram considerados de menor potencial para influenciar o movimento da curva de juros:

  • o IGP-DI, que registrou alta de 0,41% em abril, após uma elevação de 2,37% em março, dentro do intervalo das previsões e abaixo da mediana,
  • e a desaceleração da produção industrial em março, para 0,3%, de 0,7% em fevereiro, acima da mediana estimada de 0,2%.

Fizeram o contraponto mas não impediram a abertura da curva:

  • o índice de atividade econômica do BC (IBC-Br) apontando para uma perda de tração da economia no segundo mês do ano, com alta de 0,34% na margem, menor que a mediana de 0,40%.

A conferir

  • Se o mercado conseguirá depreender qual será o grau de redução, dado que o Copom avisou no comunicado que pretende dar mais uma dose de aperto na Selic em junho em menor magnitude do que a de 1 pp, e se já será possível avaliar o fim do ciclo de ajuste,
  • e os discursos dos dirigentes do Fed, em busca de sinais sobre os próximos passos da política monetária. O monitoramento do CME Group já aponta mais de 90% de chance para um aumento de 75 pontos-base.

O dólar à vista encerrou a sessão de sexta-feira (6) cotado a R$ 5,0754, fechando a primeira semana de maio com valorização de 2,68%. A baixa acumulada em 2022 passou a ficar abaixo de dois dígitos (-8,98%).

Os vetores que influenciaram as alterações no preço da moeda americana foram:

  • o fluxo de saída de investidores estrangeiros do Brasil,
  • as preocupações com a inflação elevada e desaceleração da economia global,
  • os temores com a perda de fôlego da atividade na China que passa por lockdowns para conter a covid,
  • os dados do relatório de emprego nos EUA (payroll) acima do esperado em abril, o que tende a manter o consumo em alta nos EUA impulsionando mais a inflação, ajudando a encorpar a visão de que o Fed terá que acelerar a alta de juros,
  • as sinalizações de que o BCE também pode ter de antecipar a alta de juros por lá,
  • e o leilão de swap de US$ 1 bilhão realizado pelo BC.

Agenda de indicadores e eventos de 09 a 13 de maio

Segunda-feira (9): o IPC-S da primeira quadrissemana de maio,

Terça-feira (10): a divulgação da ata do Copom, o IGP-M de maio, as vendas no varejo de março e a produção e venda de veículos de abril. Na Europa tem o índice ZEW de expectativas econômicas e na China, a inflação ao consumidor (CPI) de abril,

Quarta-feira (11): o IPCA de abril e o dado de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA de abril,

Quinta-feira (12): a pesquisa mensal de serviços de março, o PIB do Reino Unido no primeiro tri e a produção industrial da região,

Sexta-feira (13): serão divulgados a produção industrial da zona do euro e índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Curvas de Juros do Tesouro Direto

Curvas de Juros Anbima

Gráfico de Retorno versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos e Volatilidade da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI