Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 199

Curva de Juros Futuro do DI em 13/05/2022

Curva de Juros Futuro do DI em 06/05/2022

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Highlights (Resumo): Alta nas Taxas de Juros Curtas e Queda nas Longas

Principal(is) vetor(es): destaque para indicadores de inflação (no Brasil e nos EUA) e atividade por aqui acima do esperado, com os trechos curto e intermediário da curva em alta e o longo em baixa, configurando perda de inclinação

Destaque(s):  Inflação e atividade.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

Devido à greve no Banco Central, não haverá divulgação do Boletim Focus.

A semana no mercado futuro de juros foi de indicadores de inflação (no Brasil e nos EUA) e atividade por aqui acima do esperado, com os trechos curto e intermediário da curva em alta e o longo em baixa, configurando perda de inclinação. O spread entre os vértices jan/24  e  jan/27 passou de -66 pontos na sexta-feira anterior (6), para -87 pontos.

Fatores que formaram o jogo de forças que interferiram na trajetória dos juros:

  • o IPCA de abril subindo 1,06%, acima da mediana de 1%, com a difusão alcançando 78,25%, de 76,13% em março, aumentando as apostas em um Copom mais conservador em meio a revisões em alta para o IPCA em 2022 e 2023,
  • o índice de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA subindo 0,3% em abril ante março, acima da previsão que era de alta de 0,2%, e seus efeitos para a política monetária,
  • as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, voltando a defender altas de 50 pontos no juro americano, descartando uma possível aceleração no ritmo de aperto monetário,
  • os sinais de melhora no quadro de casos de Covid-19 na China,
  • a incerteza quanto aos efeitos da guerra no Leste Europeu, devido ao seu potencial e influência nos preços das commodities,
  • a alta de 1,7% no volume de serviços em abril bem acima da mediana, o que manteve o mercado em alerta quanto ao potencial inflacionário contido nesse movimento,
  • o recuo no rendimento dos Treasuries,
  • a ata do Copom dentro do esperado, com os diretores reiterando a ideia de ajuste adicional na Selic em junho, em dose mais branda,
  • as vendas no varejo em março acima do consenso de mercado, completando três meses seguidos de crescimento, e sinalizando que a economia ainda não sentiu o impacto contracionista do aperto da Selic,
  • e o IGP-M arrefecendo a 0,23% na primeira prévia de maio, após alta de 1,88% na mesma leitura de abril. Todos os componentes do índice arrefeceram no período.

Fatores que foram considerados de menor potencial para influenciar o movimento da curva de juros:

  • o aumento de 8,87% no diesel, uma vez que o que pesa diretamente no IPCA é a gasolina.

A conferir:

  • se uma alta de 50 pontos na reunião do Copom de junho seguirá como possibilidade majoritária, ou se a chance de o Banco Central optar por uma alta de 75 pontos irá crescer.
  • e os dados econômicos dos EUA e comentários de dirigentes do Fed, para avaliar a perspectiva sobre os próximos passos da sua política monetária, em meio ao cenário de inflação persistente.

O dólar à vista encerrou o pregão da sexta-feira (13) cotado a R$ 5,0575, em leve queda (-0,35%) na semana, acumulando ganhos em maio de 2,32% e perdas de 9,30% em 2022.

Vetores que influenciaram o preço da moeda americana:

  • a entrada de fluxo de investidores estrangeiros destinados à Bolsa e renda fixa,
  • a declaração do presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, de que o plano de voo da instituição é promover altas de 50 pontos-base na taxa básica dos EUA nas próximas duas reuniões,
  • a inflação ao produtor americano em linha com o consenso do mercado,
  • o índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA em abril, acima das expectativas,
  • a indicação do BCE de que a primeira alta de juros da instituição virá “algum tempo” depois do fim do seu programa de compra de ativos,
  • e a melhora do cenário de covid-19 na China.

Agenda de indicadores e eventos de 16 a 20 de maio

Segunda-feira (16): o Banco Central divulga a nota com as estatísticas fiscais do Setor Público Consolidado de março. O índice de atividade industrial Empire State de abril nos EUA.  

Terça-feira (17): o destaque é o IGP-10 de maio. O presidente do Fed, Jerome Powell, e a presidente do BCE, Christine Lagarde, falam em eventos. Estão previstas a segunda leitura do PIB da zona do euro do primeiro tri e as vendas no varejo dos EUA em março.

Quarta-feira (18): sai o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro de abril.

Quinta-feira (19): o BCE divulga ata da última reunião de política monetária.

Sexta-feira (20): o índice de confiança do consumidor preliminar da zona do euro de maio.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

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