Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.
Highlights (Resumo): Alteração marginal nas Taxas de Juros Curtas e Alta nas Longas
Principal(is) vetor(es): potencial alívio inflacionário embutido na proposta do ICMS (Dovish), IPCA 15 acima do esperado (Hawkish), melhora no fiscal com arrrecadação recorde (Dovish) e dados de renda e gastos que levaram o mercado a crer que o FED não precisará ser ainda mais Hawkish.
Destaque(s): Inflação, Fiscal e FED.
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
Devido à greve no Banco Central, não haverá divulgação do Boletim Focus.
A semana no mercado de juros terminou com taxas mais próximas da estabilidade nos vencimentos de curto e médio prazos e acúmulo de prêmios nos longos, com ligeira alteração na inclinação da curva. O spread entre os DIs jan/27 e jan/24 fechou em -87 pontos, de -93 pontos na sexta-feira anterior (20).
Entre os vetores baixistas e altistas que movimentaram a curva de juros estavam:
os dados de renda e gastos com consumo e o núcleo de inflação pelo PCE, medida preferida do Fed, dentro do esperado. A leitura afasta temores de estagflação nos EUA e endossa a percepção de que o Fed não precisará ser ainda mais ‘hawkish’ no processo de ajuste monetário,
a aprovação na Câmara do projeto que prevê teto de 17% para o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, transporte, telecomunicações e querosene de aviação, pelo potencial alívio inflacionário embutido na proposta,
os dados americanos de atividade: a segunda leitura do PIB do primeiro tri e indicadores do setor imobiliário reforçando a mensagem da ata do Fed, de que as doses de aperto da política monetária não devem ultrapassar os 50 pontos-base,
os números recordes da arrecadação federal em abril aliviando no curto prazo a percepção de risco fiscal,
a taxa de inflação atestada pelo IPCA-15 bem acima da mediana das estimativas com avaliação ruim dos preços de abertura,
e as medidas fiscais e relaxamento de restrições sanitárias na China.
A conferir:
a evolução do noticiário em torno da votação do projeto do teto do ICMS no Senado,
e os ajustes no quadro de apostas para o fim do ciclo de elevação da Selic.
O dólar à vista terminou a sexta-feira (27) cotado a R$ 4,7382, encerrando a semana com desvalorização de 2,79%. Em maio, o dólar acumula desvalorização de 4,14%. No ano, perde 15,02%.
Os fatores que influenciaram a formação da taxa de câmbio foram:
a onda de enfraquecimento global da moeda americana, sobretudo em relação a divisas emergentes e de países exportadores de commodities,
a percepção de que o Fed não será tão hawkish no ajuste da política monetária referendado pela ata do Fed, pela segunda leitura do PIB dos EUA no primeiro tri e pelos dados de inflação e gastos com consumo americano em abril,
a redução dos temores de uma forte desaceleração da atividade nos EUA com níveis ainda elevados de inflação,
a desaceleração da inflação medida pelo PCE na comparação anual de abril nos EUA e aumento dos gastos com consumo acima do esperado na margem,
a entrada de fluxo estrangeiro no mercado,
a aprovação do projeto que impõe um teto para a alíquota de ICMS sobre combustíveis e energia, entre outros itens,
e comentários sobre possível negociação para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Agenda de indicadores e eventos de 30 de maio a 03 de junho
Segunda-feira (30): o IGP-M de maio, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, fala em evento da Kinea Investimento e feriado nos EUA (Memorial Day) com mercados fechados em Wall Street,
Quarta-feira (1): o IPC-S de maio e o Livro Bege do Fed,
Quinta-feira (2): o resultado do PIB do Brasil no primeiro tri, o IPC-Fipe, a reunião dos líderes da UE para discutir o embargo ao petróleo russo e a reunião da Opep+,
Sexta-feira (3): a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) de abril e o relatório de emprego nos EUA referente a maio.
Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra,
Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)
Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar
Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado
Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI