Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 110

Curva de Juros Futuro do DI em 21/08/2020

Curva de Juros Futuro do DI em 28/08/2020

Highlights (Resumo):

Altas marginais nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): Segue no radar a gestão fiscal do governo federal. Externamente o destaque foi o FED que apresentou as mudanças na condução da política monetária dos EUA.

Destaque(s):  Risco Fiscal e FED.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercados Focus (31) trouxe algumas revisões, com destaque para queda menor do PIB deste ano. A projeção do PIB de 2020 passou de -5,46% para recuo de 5,28%; para o IPCA 2020, de 1,71% para 1,77% e para Selic no fim de 2021, de 3,00% para 2,88% ao ano.

Os juros futuros fecharam a sexta-feira (28) com alta marginal nos curtos e médias e queda nos mais longos em relação a semana anterior, influenciada pela mudança de estratégia de política monetária do Fed, baseada em taxa de inflação média de 2%, o que significa taxa de juro perto de zero por mais tempo nos EUA, pela transferência de recursos do Banco Central para o Tesouro, que promete dar fôlego para a administração do perfil da dívida, a trégua na tensão envolvendo o risco de saída do ministro Paulo Guedes do governo, e ainda, a decisão sobre o tamanho do Renda Brasil, aparentemente postergada, criando expectativa de que a equipe econômica ganhe tempo para arrumar receitas. Apesar do alivio no encerramento da semana, a cautela segue presente, com inclinação ainda expressiva da curva e precificação minoritária de aperto monetário ainda em 2020. A leitura do mercado é que sem o fiscal controlado, não há juros baixos.

O IPCA-15 de agosto subiu 0,23%, menos do que em julho (0,30%), coincidiu com a mediana das estimativas,  teve impacto neutro nas taxas e não alterou o consenso de apostas em manutenção da Selic em 2% no Copom de setembro.

O dólar à vista encerrou em queda de 2,92%, cotado a R$ 5,4152. A queda acumulada nesta semana, de 3,41%, apenas amenizou a alta de todo o mês de agosto que agora está em 3,80%. Favoreceram o movimento as perspectivas de que os juros nos EUA continuarão baixos por um longo período, com nova sinalização para a política monetária dada pelo presidente do Fed, Jerome Powell, e o ambiente doméstico mais ameno, com o mercado enxergando certo entendimento entre a equipe econômica e o presidente Bolsonaro. 

Semana de 31 de agosto e 4 de setembro

Expectativa em torno de medidas fiscais, uma vez que o governo tem até segunda-feira (31) para enviar ao Congresso o projeto de Orçamento de 2021. A peça deve contemplar os gatilhos de acionamento do teto de gastos, que são medidas de contenção de despesa com pessoal.
No calendário doméstico, o destaque é o resultado do PIB do segundo tri, que o IBGE divulga na terça (1º). Como o PIB recuou 1,5% no primeiro tri, nova contração deve colocar o País em recessão técnica pela primeira vez desde o quarto trimestre de 2016.

No exterior, o ponto alto da agenda é a divulgação do relatório de emprego norte-americano relativo a agosto. Além disso, o noticiário em torno da eleição norte-americana, vacinas contra a Covid e tensão entre EUA e China seguirão no radar.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Curvas de Juros do Tesouro Direto

Gráfico de Retorno versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos e Volatilidade da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI