Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 111

Curva de Juros Futuro do DI em 28/08/2020

Curva de Juros Futuro do DI em 04/09/2020

Highlights (Resumo):

Quedas nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): Melhora na percepção do mercado  sobre os riscos fiscal e político.

Destaque(s):  Quadro político.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

A Pesquisa Focus (8) trouxe poucas mudanças, entre elas, a revisão da projeção do mercado do IPCA para 2020 de 1,77% para 1,78%, e da projeção do PIB de 2020 de -5,28% para -5,31%.

Os juros futuros terminaram a semana em queda refletindo a melhora na percepção do mercado  sobre os riscos fiscal e político, após o envio da reforma administrativa e da proposta de Orçamento de 2021 prevendo cumprimento do teto de gastos ao Congresso, a oficialização da prorrogação do pagamento do auxílio emergencial até dezembro, mas com redução do valor para R$ 300, que afastou qualquer hipótese de que ficasse nos atuais R$ 600, o que estouraria ainda mais as contas públicas, além da aprovação pela Câmara da lei que abre o mercado de gás e deve atrair investimentos para o País. A inclinação da curva continua, porque a incerteza sobre a área fiscal persiste, mas ficou menor ante a sexta-feira (28) da semana anterior. O alívio nos prêmios trouxe redução das apostas de alta para a Selic nos próximos meses.

Dois integrantes do Banco Central enfatizaram a importância da política fiscal para o futuro da Selic. O diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, ressaltou que “sem política fiscal, não dá para fazer política monetária” e que é importante para o BC que o teto de gastos seja cumprido. O presidente, Roberto Campos Neto, defendeu um alinhamento do governo a favor do teto de gastos e disse ainda que “não existe juros baixos e inflação baixa com fiscal desorganizado”.

Também houve sinais de melhora da economia brasileira, corroborada pela produção industrial de julho, que subiu 8% ante junho, perto do teto das estimativas que era de 8,4% e bem além da mediana de 5,90%. O dado foi bem recebido, mas não chegou a empolgar nem alterar a percepção sobre a política monetária, embora tenha estimulado revisões otimistas para a indústria no ano.

O PIB brasileiro em 2020  registrou queda de 9,7% no segundo trimestre ante o primeiro, mais do que apontava a mediana das estimativas (-9,10%), mas não muda a avaliação do mercado de que o pior ficou para trás.

O dólar fechou a sexta-feira (4) em alta de 0,21%, cotado em R$ 5,3071, depois de três pregões consecutivos em queda diante da moeda local. Na semana, a segunda consecutiva de desvalorização, a divisa americana ainda cedeu 2%, reduzindo a valorização no ano para 29,3%. A apresentação da reforma administrativa e bons indicadores da economia, como a produção industrial e os índices dos gerentes de compra (PMI) de agosto agradaram.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o ritmo de crescimento do emprego nos EUA está aumentando mais rapidamente do que muitas pessoas esperavam, mas que pode levar anos até que a economia se recupere totalmente, e  reiterou que a autoridade monetária manterá a taxa de juros baixa por um bom tempo.

Semana de 08 a 11 de setembro

A semana começa com os mercados fechados aqui e nos EUA, em função dos feriados do Dia da Independência e Dia do Trabalho, respectivamente. Internamente, a movimentação em Brasília será acompanhada de perto pelo mercado, com as expectativas elevadas em torno do andamento das reformas tributária e administrativa, cujo avanço pode amenizar a percepção de risco fiscal negativa.

Na agenda, o destaque doméstico são números de inflação e atividade a serem divulgados pelo IBGE e que poderão servir de termômetro sobre o desempenho da economia no terceiro tri. Na quarta-feira (9) sai o IPCA de agosto, na quinta-feira (10) a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de julho, e na sexta-feira (11), a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) também de julho.

No exterior, está prevista uma bateria de dados do comércio exterior e inflação da China, e reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (10).

Fonte: Broadcast

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