Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 115

Curva de Juros Futuro do DI em 25/09/2020

Curva de Juros Futuro do DI em 02/10/2020

Highlights (Resumo):

Altas nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): A deterioração dos cenários fiscal e político, falta de avanço nas reformas, a oferta do Tesouro de títulos prefixados para o leilão, incertezas em relação à disputa presidencial nos EUA  e um possível downgrade na nota de crédito do Brasil.

Destaque(s): Risco Fiscal e Político. Ainda de olho na LFT (Tesouro Selic)!

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

Na pesquisa Focus (05), o mercado elevou novamente a projeção para IPCA deste ano, de 2,05% para 2,12%. Há um mês estava em 1,78%.

A percepção de progressiva deterioração dos cenários fiscal e político, em meio ainda à falta de avanço nas reformas, a oferta do Tesouro de títulos prefixados para o leilão surpreendendo o mercado que esperava uma postura mais contida, além das incertezas em relação à disputa presidencial nos EUA depois que Donald Trump informou estar infectado com covid-19 e um possível downgrade na nota de crédito do Brasil em meio ao crescente risco fiscal, contribuíram para o avanço relevante dos juros futuros essa semana.

A polêmica em torno do Renda Cidadã permaneceu como pano de fundo negativo, mas as declarações do ministro do Desenvolvimento Regional, na qual teria sinalizado que o programa será lançado de qualquer forma, reforçou a ideia de que o teto de gastos está em risco. Estamos tentando manter o teto, mas há pressão para flexibilização”, teria dito o ministro. Na sexta-feira (02), na sessão estendida, as taxas tinham nova rodada de estresse e deram continuidade ao movimento de alta, com os vértices intermediários e longos subindo em torno de 10 pontos-base, em meio ao aumento de prêmio de risco fiscal e político.  A taxa do contrato de DI para janeiro de 2023 encerrou a estendida em 4,97%, de 4,85% no fechamento da sessão regular. A do DI para janeiro de 2025 encerrou em 6,82% (estendida) e 6,71% (regular).

As expectativas de alta da Selic nos próximos meses passaram a ser majoritárias, em função das dúvidas sobre a sustentabilidade dos juros baixos no País por causa do atraso da agenda econômica e precificando também a fala dura do presidente do Banco Central, que disse que o rompimento do teto de gastos ou criatividade para burlá-lo poderia significar o fim do “forward guidance” (em que a autoridade monetária indica que só pretende subir os juros quando as expectativas de inflação convergirem à meta) do Copom.

O dólar à vista encerrou a semana cotado em R$ 5,6704, acumulando valorização de 2,07% nos últimos cinco dias, a quarta semana seguida de ganhos, elevando a alta no ano para mais de 41%. É a cotação mais alta desde o fechamento de 20 de maio. No mercado futuro, o dólar para novembro fechou a sexta-feira em alta de 0,80%, aos R$ 5,6935. A cautela com a economia e as eleições americanas após o presidente Donald Trump testar positivo para covid-19, e as persistentes dúvidas sobre as fontes de financiamento do novo programa social do governo brasileiro seguiram pressionando o câmbio.

Semana de 5 a 9 de outubro


A informação de que o presidente dos EUA testou positivo para Covid-19 manterá os mercados atentos ao seu estado de saúde nos próximos dias, diante de eventuais consequências do seu afastamento para a campanha à reeleição. Ao mesmo tempo o mercado segue acompanhando as discussões no Congresso em torno de um acordo para o pacote fiscal norte-americano. Na agenda econômica, o destaque é a divulgação da ata do Fed na quarta-feira (7), e de Índices de Gerentes de Compras (PMI) em vários países.

Internamente, os agentes aguardam definições da área fiscal, em especial sobre o Renda Cidadã, em meio às críticas à proposta de financiar o programa com uso de receita destinada ao pagamento de precatórios e de parte dos recursos do Fundeb. Já o calendário de indicadores contempla a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) referente a agosto na quinta-feira (8), e o IPCA de setembro na sexta (9).

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Curvas de Juros do Tesouro Direto

Gráfico de Retorno versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos e Volatilidade da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI