Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 124

Curva de Juros Futuro do DI em 04/12/2020

Curva de Juros Futuro do DI em 27/11/2020

Highlights (Resumo):

Forte Queda nas Curvas de Juros, principalmente os mais longos.

Principal(is) vetor(es):  Avanço das vacinas contra a covid-19, os dados de atividade acima do previsto na China e o forte fluxo de recursos buscando risco em mercados emergentes, o payroll de novembro, que mostrou criação de vagas abaixo do esperado e aumentou a expectativa pela aprovação de mais estímulos monetários e fiscais nos EUA. Aqui a retomada do otimismo com agenda fiscal com sinais positivos do Congresso.

Destaque(s):  Vacina Covid, Fluxo Externo, Payroll e Reformas no Congresso.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus (7) trouxe alteração relevante na previsão para o IPCA em 2020, mas mais baixa em 2021. Essa forte revisão para cima veio na esteira do anúncio da retomada do sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz em dezembro. A projeção dos economistas para a inflação já está acima do centro da meta de 2020, de 4,00%. Entre as instituições denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 3,51% para 4,04%.

O apetite por risco prevaleceu nos mercados globais. Para o mercado futuro de juros foi uma semana de expressiva devolução de prêmios ao longo de toda a curva. O diferencial entre os contratos DI jan/22 e DI jan/27, que dá ideia do comportamento da inclinação, recuou a 383 pontos-base, o menor nível para uma sexta-feira desde agosto. Sexta-feira passada (27) esse spread estava em 422 pontos.
 

Além das perspectivas econômicas positivas geradas pelo avanço das vacinas contra a covid-19, os dados de atividade acima do previsto na China e o forte fluxo de recursos buscando risco em mercados emergentes, também contribuiu o payroll de novembro, que mostrou criação de vagas abaixo do esperado e aumentou a expectativa pela aprovação de mais estímulos monetários e fiscais nos EUA.

No combo de notícias positivas também estavam: a retomada do otimismo com agenda fiscal com sinais positivos do Congresso para o andamento das reformas ainda neste ano e declarações do governo de que não vai ter extensão do auxílio, a importação da pressão inflacionária de 2021 para 2020 com a retomada da bandeira vermelha para a Aneel, o sucesso do maior leilão da história de NTN-Bs, a bem-sucedida emissão externa do Tesouro que captou US$ 2,5 bilhões em bônus de 5, 10 e 30 anos atraindo demanda três vezes maior que a oferta às menores taxas já obtidas pelo País, o câmbio mais acomodado e a atividade fraca evidenciada pela produção industrial abaixo da mediana.

O resultado da produção industrial (subiu 1,1%) em outubro ante setembro, abaixo da mediana (1,4%), confirmou uma recuperação do setor menos forte do que esperava o mercado e também apoiou a queda das taxas.

O dólar à vista fechou a sexta-feira (4) em queda de 0,30%, cotado em R$ 5,1246, acumulando desvalorização de 3,8% na semana, a terceira seguida de perdas para a moeda americana ante o real, diminuindo a valorização no ano para menos de 30%. A crescente expectativa por novos estímulos fiscais nos EUA reforçada pelos dados abaixo do previsto do mercado de trabalho em novembro e notícias sobre distribuição de vacina da Moderna contra a covid-19 ainda neste ano em solo americano, fizeram o dólar testar novas mínimas mundiais esta semana, com algumas moedas, como o franco suíço, caindo ao menor nível em 5 anos.
 
No Brasil, a entrada de fluxo para a Bolsa persiste em dezembro e ajudou a suavizar a pressão pela moeda americana no mercado à vista, que é comum nesta época do ano para remessas de juros e dividendos por empresas e fundos, além de perspectivas de injeção de liquidez adicional que poderia superar a rolagem integral do vencimento de swap de janeiro.
 
Semana de 7 a 11 de dezembro

Na agenda doméstica, a próxima semana terá como destaques o resultado do IPCA de novembro, na terça-feira (8), e a divulgação da decisão do Copom na quarta-feira (9), em que é unânime a expectativa de manutenção da Selic a 2%. A semana reserva ainda as vendas no varejo na quinta-feira (10) e o volume de serviços na sexta-feira (11), ambos de outubro.

No exterior, as atenções seguirão voltadas ao noticiário em torno da covid-19 e à expectativa de acordo para um pacote de estímulos econômicos nos EUA. Na agenda internacional está marcada para quinta-feira (10) a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que poderá conceder novos estímulos monetários na zona do euro para enfrentar os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
 

Fonte: Broadcast

 

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Curvas de Juros do Tesouro Direto

Gráfico de Retorno versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos e Volatilidade da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI