Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 126

Curva de Juros Futuro do DI em 18/12/2020

Curva de Juros Futuro do DI em 11/12/2020

Highlights (Resumo):

Movimentos Marginais nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): A semana terminou com discreta alteração no desenho da curva de juros. A percepção é de que o mercado já está entrando no “modo fim de ano”.

Destaque(s): Nenhum

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus (21) não trouxe alterações relevantes nas projeções. Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 segue em 4,34%. Para 2021, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,41%. A Selic no fim de 2022 permaneceu 4,50% ao ano.

A semana terminou com discreta alteração no desenho da curva de juros. A percepção é de que o mercado já está entrando no “modo fim de ano”. Ante a última sexta-feira (11), o diferencial entre os DIs para janeiro de 2022 e janeiro de 2027 passou de 370 pontos-base para 373 pontos.
 

Um mix de notícias positivas, incluindo a garantia do Fed de manter os estímulos à economia americana reforçando o quadro de liquidez global e a forte entrada do capital externo, a expectativa de acordo nas negociações pós-Brexit, o avanço da imunização contra a covid-19 no exterior, o leilão de títulos do Tesouro menor que o esperado e alívio com a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 ajudaram a fazer o contraponto a uma série de fatores pró-ajuste nas taxas, como o permanente desconforto fiscal, o aumento da tensão política entre Câmara e governo, o avanço da covid-19 no País e as incertezas quanto à vacinação da população brasileira.

O RTI reforçou os principais pontos do comunicado e da ata da última reunião do Copom, endossando a ideia de que o forward guidance da política monetária poderá ser retirado em breve e que, mesmo assim, não haverá aperto monetário imediato.

Após estresse com a possibilidade de o presidente da Câmara colocar em pauta itens considerados como “bomba fiscal” houve alívio com a sinalização de responsabilidade com as contas públicas do ministro da Economia, declarando que não encaminhou pedido de pagamento do 13º do Bolsa Família este ano para não configurar crime de responsabilidade fiscal, pois a despesa não tinha provisão.

O dólar encerrou a semana cotado a R$ 5,0829, acumulando alta de 0,73% e interrompendo uma sequência de quatro semanas consecutivas de queda ante o real. O fluxo de entrada de recursos, a injeção de liquidez do Banco Central via leilões de linha com recompra no mercado à vista e swap cambial no futuro, e o superávit das transações correntes em novembro pelo nono mês seguido fizeram o dólar cair para R$ 5,01 na mínima dos últimos dias, mas a permanente preocupação fiscal, ruídos políticos e a maior demanda por dólares à vista, comuns nos últimos dias de cada ano, acabaram limitando a melhora do real. Em dezembro, o dólar acumula baixa de 5%.
 
Semana de 21 a 24 de dezembro
 
No Brasil, o destaque da agenda é o IPCA-15 de dezembro e de 2020 na terça-feira (22). A mediana das estimativas para dezembro é de 1,16% e para 2020 4,34%. Saem ainda a nota de crédito, o relatório da dívida pública e possivelmente a arrecadação de novembro.

No exterior, na terça saem PIB dos Estados Unidos e do Reino Unido na leitura final do terceiro tri. Na quarta (23) serão conhecidos os gastos de renda e consumo pessoal nos EUA. O mercado avalia o acordo final fechado pelo Congresso americano sobre um pacote fiscal de aproximadamente US$ 900 bilhões para auxiliar no combate aos efeitos econômicos da covid-19 e o andamento entre União Europeia e Reino Unido sobre o Brexit.
 

Fonte: Broadcast

 

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