Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 151

Curva de Juros Futuro do DI em 11/06/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 04/06/2021

Highlights (Resumo): Alta nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es):

Alta maior do que se esperava do volume de serviços prestados em abril, além das vendas no varejo de abril e o IPCA de maio mais fortes, mercado aumentou suas apostas em um Banco Central mais agressivo na elevação da Selic em 2021 e 2022.

Destaque(s): Serviços, Varejo e Bacen

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus (14) elevou novamente a previsão para o IPCA este ano, de alta de 5,44% para 5,82%. Há um mês estava em 5,15%. A projeção dos economistas para a inflação já está bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. A projeção para o índice em 2022 foi de 3,70% para 3,78%. A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

A combinação de alta maior do que se esperava do volume de serviços prestados em abril, além das vendas no varejo de abril e o IPCA de maio mais fortes, fez aumentar os prêmios embutidos na curva de juros e colaboraram para o mercado seguir aumentando suas apostas em um Banco Central mais agressivo na elevação da Selic em 2021 e 2022. Embora não tenha alterado a estimativa de alta de 75 bps da Selic na quarta-feira (16), para 4,25%, a expectativa é de uma quarta dose de 75 pontos em agosto.

 

Na semana, a curva a termo fechou com pequeno ganho nos níveis de inclinação. O spread entre os vértices DI jan/22 e jan/27 terminou em 324 pontos, de 320 na sexta-feira anterior (4).

Outros condutores que influenciaram o movimento da curva ao longo da semana foram:

  • a taxa da T-Note de dez anos bateu a mínima dos últimos três meses,
  • a curva de juros já precifica Selic fechando o ano perto de 7%, acima do nível considerado neutro, e em torno de 8,5% em 2022,
  • a Petrobras anunciou redução no preço da gasolina,
  • novas revisões para cima dos números de inflação, PIB e Selic aumentam a expectativa do mercado por uma resposta do Copom, que pode assumir um tom mais hawkish se remover a indicação de uma normalização parcial no seu plano de ajuste da taxa básica de juros,
  • a inflação ao consumidor dos EUA em maio veio acima do consenso, mas os pedidos semanais de auxílio-desemprego além do esperado ajudaram a sustentar a avaliação de que o banco central americano deve optar, por enquanto, por manter a cautela na sua política monetária,
  • o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que ainda vê os choques sobre a inflação como temporários,
  • e receios com o cenário fiscal reforçados por declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele sinalizou para a extensão em “dois ou três” meses do pagamento do auxílio emergencial seguido de um programa “reforçado” para substituir o Bolsa Família.

O dólar no mercado à vista encerrou a semana cotado em R$ 5,1227, acumulando valorização de 1,73%, a maior desde 21 de março. A elevação põe fim a duas semanas consecutivas de baixas, que levou a moeda americana para bem perto de R$ 5,00.

Após dados de inflação voltarem a surpreender no Brasil, EUA e outras partes do mundo, como a China, cresce a expectativa pelas decisões de juros do Fed e Copom na quarta-feira (16). A perspectiva é sobre alguma sinalização por parte do Banco Central americano sobre o processo de redução de compras de ativos e a avaliação da inflação.

Semana de 14 a 18 de junho

Os destaques da agenda doméstica são a reunião de política monetária do Banco Central na quarta-feira (16) e a entrega do relatório da Medida Provisória (MP) da privatização da Eletrobrás.

Sobre o Copom, a aposta majoritária é de alta de 75 bps para a Selic nesta reunião de junho. A taxa está em 3,5%. A grande expectativa é pelo tom do comunicado, sobretudo se o colegiado vai retirar o termo “parcial” quando se refere ao processo de recomposição da Selic.

No exterior, o ponto alto é a reunião do Fed também na quarta-feira, com o mercado igualmente de olho na comunicação do banco central americano, uma vez que não se espera nenhuma mudança de curto prazo na taxa de juros, hoje na faixa entre zero e 0,25%.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

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Gráfico de Retorno versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

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Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Retornos Mensais e 12 Meses Ordenado

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI