Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 167

Curva de Juros Futuro do DI em 01/10/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 24/09/2021

Highlights (Resumo): Altas nas nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): As altas foram marginais, consequência da percepção do mercado em relação as questões fiscais, inflação e a atuação do COPOM que seguem mais uma semana no radar dos investidores.

Destaque(s): Bacen, Risco Fiscal e Inflação.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

O Relatório de Mercado Focus (04) elevou a previsão para o IPCA este ano pela 26ª semana seguida, de alta de 8,45% para 8,51%. A projeção para a inflação em 2021 segue bem acima do teto da meta, de 5,25%. A projeção para o índice em 2022 foi de 4,12% para 4,14%.

A semana no mercado de juros foi de perda de inclinação da curva a termo, com o spread entre os DIs jan/27 e jan/23 fechando em 143 pontos, de 149 na sexta-feira anterior (24).

O desenho da curva juros futuros refletiu:

  • a leitura de que ao anunciar leilões extras de swap cambial tradicional para injetar recursos no mercado, o Banco Central está muito preocupado com o repasse da alta do dólar para os preços, podendo elevar a Selic acima do que o anteriormente previsto no final do ciclo,
  • as incertezas sobre o cenário fiscal, pelo impasse na solução para Auxílio Brasil, precatórios, Refis e Imposto de renda,
  • mais um aumento no preço de combustíveis,
  • a sinalização reforçada na ata do Copom de nova alta de 100 pontos-base da Selic em outubro, mas deixando a janela aberta para aperto maior, indicando que o destino final deve ser “significativamente contracionista”,
  • o mercado de trabalho formal brasileiro gerando mais vagas de emprego do que a mediana estimada em agosto,
  • o setor público consolidado contrariou as previsões e trouxe superávit,
  • a deflação do IGP-M maior do que indicava a mediana, desacelerando de 31,12% em agosto para 24,86% em setembro no acumulado em 12 meses,
  • a pressão para prorrogação do auxílio emergencial a quem recebe o benefício atualmente, mas não se enquadra nos critérios do ‘novo’ Bolsa Família,
  • o reforço no discurso do Fed de que o tapering deve começar nos próximos meses,
  • o presidente do BC, Roberto Campos Neto, fez alertas sobre as incertezas fiscais. Afirmou ainda que a taxa Selic irá onde for preciso para alcançar a meta de inflação,
  • e o alívio no mercado de Treasuries, com a taxa da T-note de 10 anos voltando a ficar abaixo de 1,5%, apesar do núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) ter superado as estimativas.

O dólar à vista fechou na sexta-feira cotado a R$ 5,3691, com ganho de 0,47% na semana.

Os fatores que influenciaram o preço da moeda americana foram:

  • a queda do dólar no exterior na esteira do recuo dos juros dos Treasuries nos EUA,
  • a possibilidade de novas intervenções do Banco Central no mercado para conter a forte volatilidade e contaminação da inflação,
  • a sinalização recorrente do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, de que vai levar a taxa Selic até o nível necessário para atingir a meta de inflação,
  • as indefinições internas relacionas à área fiscal do governo em meio ao debate para possível prorrogação do auxílio emergencial e ampliação do Bolsa Família,
  • as preocupações com o impacto da crise hídrica e alta dos combustíveis na inflação e atividade econômica,
  • e o desenvolvimento de um medicamento capaz de reduzir significativamente os riscos de hospitalização e morte pela covid-19.

Semana de 04 a 08 de outubro

Na agenda doméstica, destaque para o IPCA de setembro na sexta-feira (08), e ao longo da semana, dados da indústria e do varejo referentes a agosto.

No exterior, é aguardado o relatório de emprego norte-americano (payroll) de setembro na sexta-feira.

Fonte: Broadcast

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