Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 175

Curva de Juros Futuro do DI em 26/11/2021

Curva de Juros Futuro do DI em 19/11/2021

Highlights (Resumo): Queda nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): nova variante do coronavírus surgida na África do Sul e comentários lidos como ‘dovish’ por parte do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Destaque(s):  Bacen e Covid.

Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Contribuição: José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin

A previsão para o IPCA de 2022 no Relatório de Mercado Focus (29) subiu de 4,96% para 5,00%, teto da meta a ser perseguida pelo Banco Central, o 19º aumento consecutivo. Há um mês, a previsão era de 4,55%. Para 2021, a mediana para o índice de inflação oficial passou de 10,12% para 10,15%, a 34ª alta seguida, superando em quase 5 pp o teto da meta, de 5,25%.

Semana de devolução de prêmios de risco da curva de juros em função da nova variante do coronavírus surgida na África do Sul e comentários lidos como ‘dovish’ por parte do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A inclinação da curva praticamente se manteve. O spread entre os contratos DI jan/27 e jan/23 fechou em -19 pontos-base, de -21 da sexta-feira anterior (19).

Outros vetores que influenciaram o desenho da curva de juro a termo foram:

  • a chance de que a nova variante do coronavírus pode ameaçar a recuperação da economia global e modificar o plano de voo de autoridades monetárias,
  • as apostas crescentes de que o Fed não irá elevar os juros do país tão cedo quanto se esperava, e retorno da T-note de 10 anos abaixo de 1,5%,
  • o IPCA-15 mostrou desaceleração para alta de 1,17%, de 1,20% em outubro, embora um pouco acima da mediana das estimativas (1,14%). Em 12 meses avançou a 10,73%,
  • Campos Neto disse que a política monetária se tornou mais potente sem a pressão que era exercida por subsídios de crédito que foram retirados,
  • e o adiamento da votação da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para 30 de novembro.

O dólar à vista encerrou a semana cotado a R$ 5,5958, em baixa de 0,23%, acumulando perda de 0,89% em novembro, após ter subido 3,67% em outubro e 5,30% em setembro.

Os fatores que contribuíram para as mudanças de preço da moeda americana foram:

  • os temores relacionados aos eventuais impactos sanitários e econômicos da disseminação da nova cepa do coronavírus, identificada na África do Sul,
  • a perspectiva de que a nova cepa da covid-19 possa causar adiamento de aperto monetário por BCs de países desenvolvidos, como EUA e na Europa,
  • as incertezas sobre a votação da PEC dos Precatórios e do Auxílio Brasil na próxima semana,
  • e a aversão ao risco trazida pela crise cambial na Turquia que penalizou ativos emergentes de forma generalizada.

Semana de 29 de novembro a 03 de dezembro

A evolução da pandemia em meio ao surgimento da nova cepa de coronavírus na África do Sul deve concentrar as atenções em termos globais. No Brasil, o foco estará na possível votação da PEC dos Precatórios na CCJ e no plenário do Senado.

Internamente, o ponto alto do calendário econômico é a divulgação do PIB do terceiro tri na quinta-feira (2). Na sexta-feira (3) é a vez da produção industrial de outubro.
Na agenda internacional, destaque para o relatório de emprego norte-americano referente a novembro que sai na sexta-feira. Ainda haverá discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na terça-feira (30).

Fonte: Broadcast

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Características do Tesouro Direto: Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

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