O mercado de juros futuros (DI da B3) aumentou suas expectativas de quedas da Selic em relação mês anterior.
Em 30/07/2025 o Copom manteve inalterada a Selic Meta em 15,00% a.a., conforme o esperado pelo Mercado.
A projeção de quedas até a 4R/2027 aumentou de -222,8 para -258 pontos-base.
A projeção de quedas para as próximas 11 reuniões do Copom aumentou de -184,6 para -231,5 pontos-base. O CDI termina 2026 em 12,59% de 13,06% a.a. da semana anterior.
Para o fim de 2025, a expectativa foi para um corte marginal de -10,2 ptb de 2,3 pontos-base, com o CDI terminal projetado em 14,80% ao ano de 14,92% a.a. na semana anterior.
As expectativas dos economistas, extraídas do Boletim Focus (Mediana dos últimos 5 dias).
Olhando para o fim de 2025, o CDI fecha em dezembro à 14,80%, próximo ao que era projetado julho.
A projeção até o fim de 2026 sinaliza queda total de -300 ptb, com CDI terminando em 11,90% no final de 2026, em julho era 12,40%.
Agosto foi um mês de forte desempenho para os ativos de risco, com destaque para os prefixados de longo prazo e o Ibovespa.
A Carteira RF e RV foi o destaque da renda fixa no mês de agosto, com retorno de 1,66% no mês.
Agosto foi marcado por uma recuperação expressiva dos mercados, com destaque para o avanço de 6,28% do Ibovespa, o melhor desempenho mensal desde agosto de 2024. Os principais fatores que sustentaram esse movimento foram:
O mercado de juros futuros teve desempenho positivo, mesmo com o cenário fiscal desafiador e tensões comerciais com os EUA:
Agosto consolidou um cenário de retomada e otimismo nos mercados de renda fixa e variável. A combinação de fatores internos e externos — como expectativas de corte de juros, melhora nos dados econômicos e cenário político mais previsível — trouxe alívio à curva de juros e valorização dos ativos. O dólar recuou 3,19%, encerrando o mês a R$ 5,4220, enquanto o real se beneficiou da Selic elevada e do enfraquecimento global da moeda americana.
Com colaboração do Copilot AI
RESUMO MENSAL: BOLSA BRASILEIRA AVANÇA 6% EM AGOSTO E TEM MELHOR MARCA MENSAL EM UM ANO
O Ibovespa subiu 6,28% em agosto, o melhor mês da Bolsa brasileira desde agosto de 2024. O desempenho mensal foi amparado, em linhas gerais, pela expectativa de queda de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e, nos últimos dias, pela crescente expectativa em torno da candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, à Presidência em 2026, que, na visão do mercado, adotará uma linha fiscal mais dura se conseguir chegar ao Planalto.
O mês também contou com a efetivação do tarifaço às exportações brasileiras e o acompanhamento da aplicação da Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, além de dados mostrando que a atividade e a inflação brasileira estão indo na direção que o Banco Central e mercado gostariam.
Mas, de forma geral, o apoio da temporada de balanços contribuiu com os ganhos do índice de referência da B3. Além disso, a última semana foi de forte avanço para o Ibovespa, nas máximas históricas, em movimento embasado nesta sexta-feira pelo alinhado PCE de julho nos Estados Unidos, indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), observa também Gabriel Cecco, especialista da Valor Investimentos.
Ele destaca, no gráfico semanal, posição acima das médias móveis para o índice da B3. “Há suporte importante na faixa de 137 a 138 mil pontos e, olhando para frente, o gráfico mostra que o índice pode buscar a faixa de 143,9 mil a 146,8 mil pontos, há espaço para isso”, acrescenta, referindo-se também ao impulso recebido pelo Ibovespa ao longo das últimas quatro semanas.
Para Bruna Centeno, economista e advisor da Blue3 Investimentos, o Ibovespa veio de um mês de julho complicado, em que acumulou perda de mais de 4%, e com o impulso visto nesta última semana de agosto a Bolsa brasileira se colocou entre os destaques globais de alta, movida pelo apetite por risco. “O Ibovespa conseguiu se manter em ambiente bastante positivo mesmo com as incertezas em torno da aplicação da Lei de Reciprocidade” comercial, pelo Brasil, na já desgastada relação com os Estados Unidos, destaca a economista.
As bolsas americanas também encerraram agosto no campo azul, com ganhos acumulados em 3,20% (Dow Jones), 1,91% (S&P 500) e 1,58% (Nasdaq). O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, teve queda de 2% no mês.
Lá fora, houve cautela neste mês com a reunião entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, que discutiram um possível cessar-fogo na Ucrânia. Os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também ficaram no radar, e os dados divulgados nas últimas semanas chegaram a fazer a expectativa sobre corte de juros em setembro chegar a 100%. Mas agosto terminou com a política monetária americana sob pressão, diante da disputa judicial envolvendo a diretora do Fed Lisa Cook e o presidente Donald Trump.
De volta ao cenário brasileiro, o mês de agosto também foi positivo para o mercado de juros futuros, a despeito do quadro fiscal desafiador e do aumento das tensões entre Brasil e Estados Unidos, que se estenderam do campo tarifário para o judiciário. Todas as taxas cederam, com destaque para o vencimento de janeiro de 2027, que caiu abaixo do patamar psicológico de 14%. O vértice abriu o mês em 14,21%.
“A curva americana fechou bastante, precificando corte de juros em setembro, o que é benigno para a curva local. E no cenário doméstico, no médio e longo prazo, há essa percepção de que o Brasil tende a endereçar melhor a questão fiscal”, diz Claudio Pires, CIO da MAG Investimentos. Para o CIO, as perspectivas eleitorais são preponderantes agora, deixando os números fiscais piores e já aguardados em segundo plano.
Já o dólar recuou 3,19% em agosto, terminando hoje aos R$ 5,4220, após avançar 3,07% em julho. No ano, a perda ante o real é de 12,27%. Marcelo Bacelar, gestor de portfólio da Azimut Brasil Wealth Management, destaca que o real se beneficia do enfraquecimento global do dólar e da taxa Selic elevada, que torna muito custosa a aposta contra a moeda brasileira. Ele observa, porém, que a deterioração das contas externas, com aumento do déficit em transações correntes, pode limitar uma apreciação mais forte do real.
Fonte: Broadcast
Relatório de acompanhamento dos Rendimentos Mensais de Carteiras de Investimentos em Renda Fixa
Ressalto que trata-se de um projeto de cunho educacional, não existe sugestão ou indicação de investimento em nenhuma das carteiras.
É aprender sobre a Renda Fixa acompanhando o mercado, é ter a visão prática e real.
O intuito é contribuir para elevação das discussões sobre investimentos em Renda Fixa no Brasil.
Acreditamos que com a obrigação da Marcação a Mercado de vários ativos de Renda Fixa, fato ocorrido em janeiro de 2023, a necessidade do entendimento sobre comportamento dos ativos de Renda Fixa ficará ainda mais latente.