O Mercado de Juros Futuros (DI da B3) reduziu as expectativas de curtas e aumentou as mais distantes.
A projeção para as próximas 15 reuniões do Copom saiu de +134 ptb para +171 pontos-base.
Olhando para o fim de 2025, a expectativa de alta alterou marginalmente de +221 pontos-base para +213 pontos-base, com o CDI terminal caindo de 15,51% para 15,38% em dezembro de 2025.
As expectativas dos economistas, extraídas do Boletim Focus (Mediana dos últimos 5 dias).
Olhando para o fim de 2025, o CDI fecha em dezembro à 14,90%.
A projeção para as próximas 15 reuniões disponíveis do Copom finaliza com queda de -75, terminando em 12,40% no final de 2026..
O mês de FEVEREIRO de 2025 foi de alta nas Taxas de Juros.
O IMA-S rendeu 0,99% no mês (carteira de Tesouros Selic), o IDA-DI valorizou-se +1,29% (Debêntures CDI – Anbima) e o IDA-IPCA Infra +1,35% (carteiras de debêntures IPCA+ Anbima).
O CDI rendeu ► 0,99% no mês de fevereiro de 2025.
Destaque positivo da Renda Fixa do mês para o IDA – IPCA infra 1,35%
O menor retorno da carteira de Renda Fixa ficou para o Pré de 5 anos -0,97% no mês.
A parte de inflação dos títulos IPCA+, o VNA IPCA, rendeu 0,72% no mês de fevereiro de 2025.
O Ibovespa desvalorizou-se -2,64% e o Dólar rendeu +0,32% no mês.
Somente a Carteira Conservadora superou o CDI em Fevereiro de 2025.
O mês mais curto do ano foi bastante agitado. Fevereiro começou com um noticiário farto sobre as políticas tarifárias dos Estados Unidos, passou por pesquisas de queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sinais de um novo coronavírus identificado em laboratório da China com potencial pandêmico, e terminou com um bate-boca televisionado entre os presidentes americano, Donald Trump, e ucraniano, Volodymyr Zelensky. O cenário repleto de incertezas aqui e no exterior penalizou os ativos no geral.
No Brasil, o Ibovespa apresentou queda de 2,64% no acumulado mensal, enquanto o dólar teve valorização de 1,37%, terminando a última sessão de fevereiro a R$ 5,9163. Os juros futuros, por sua vez, subiram 75 pontos-base nos vértices mais longo no acumulado da semana.
Logo nos primeiros dias do mês, a novela sobre as tarifas de Trump trouxe mau humor aos mercados mundo afora. Os acordos com México e Canadá anunciados perdem a validade na semana que vem, e o presidente americano já confirmou as tarifas de 25% aos países, informou tarifa adicional de 10% sobre a China e adiantou que pretende aplicar tarifas para a União Europeia.
Os mercados de câmbio e juros futuros domésticos sentiram o endurecimento do tom do Banco Central na ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento destacou que a desancoragem das expectativas de inflação tem sido um tema de risco recorrente.
Inclusive, a preocupação com o quadro fiscal brasileiro também voltou ao radar. Principalmente porque as pesquisas do Datafolha, CNT e da Genial/Quaest mostraram queda na popularidade de Lula, o que traz o risco de eventuais medidas populistas pelo governo. Houve ainda a medida provisória publicada hoje que autoriza acesso ao FGTS a demitidos que optaram pelo saque-aniversário, vista pelo mercado como de potencial inflacionário.
Em termos de atividade, a Pnad Contínua e o Caged também reforçaram o entendimento de que o mercado de trabalho – fonte de atenção do BC – segue aquecido.
Além disso, a agenda corporativa foi destaque no Brasil, com a divulgação de empresas de peso no Ibovespa. Entre as blue chips, o resultado da Vale agradou e fez as ações subirem, enquanto os papéis da Petrobras chegaram a tombar até 8% em reação ao balanço ruim do quarto trimestre e leitura negativa da teleconferência com diretores.
Já no exterior, além do “multiverso” em torno de Trump, a atenção ficou com dados mais fracos sobre a economia dos Estados Unidos. Esses indicadores levaram a uma depreciação do dólar, em meio à ampliação das apostas na retomada de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) neste ano.
Em outra frente, os mercados ficaram de olho na evolução das negociações sobre um acordo relativo à guerra na Ucrânia. No entanto, isso foi abalado hoje pela discussão entre Trump e Zelensky no Salão Oval da Casa Branca. Trump acusou o presidente ucraniano de estar “brincando com a terceira guerra mundial” e de ser ingrato com os Estados Unidos. “Sem nós, você não tem carta nenhuma [contra a Rússia]. Ou você faz um acordo ou estamos fora”, disse o americano. Eles tampouco chegaram a assinar o acordo que prevê a exploração de minerais ucranianos e a exportação para os Estados Unidos.
Com esse cenário, as bolsas americanas terminaram o mês com perdas acumuladas de 3,97% (Nasdaq), 1,58% (Dow Jones) e 1,42% (S&P 500). O índice Nasdaq sentiu mais por conta de preocupações sobre os custos de desenvolvimento de produtos e infraestrutura relacionados à inteligência artificial (IA), além do tombo da Nvidia após o balanço mostrar margens de lucro menores.
Fonte: Broadcast
Relatório de acompanhamento dos Rendimentos Mensais de Carteiras de Investimentos em Renda Fixa
Ressalto que trata-se de um projeto de cunho educacional, não existe sugestão ou indicação de investimento em nenhuma das carteiras.
É aprender sobre a Renda Fixa acompanhando o mercado, é ter a visão prática e real.
O intuito é contribuir para elevação das discussões sobre investimentos em Renda Fixa no Brasil.
Acreditamos que com a obrigação da Marcação a Mercado de vários ativos de Renda Fixa, fato ocorrido em janeiro de 2023, a necessidade do entendimento sobre comportamento dos ativos de Renda Fixa ficará ainda mais latente.
