No dia 31/01/2025 a Selic-Meta subiu 100 pontos-base, com CDI alcançando 13,15% a.a..
O Mercado de Juros Futuros (DI da B3) reduziu as expectativas de altas em relação ao mês anterior.
A projeção para as próximas 16 reuniões do Copom caiu de +382 ptb para +239 pontos-base.
Olhando para o fim de 2025, a expectativa de alta cedeu de +477 pontos-base para +335 pontos-base, com o CDI terminal caindo de 16,96% para 15,61% em dezembro de 2025.
As expectativas dos economistas, extraídas do Boletim Focus (Mediana dos últimos 5 dias).
Olhando para o fim de 2025, o CDI terminal subiu de 14,90% para 15,03% em dezembro de 2025.
A projeção para as próximas 16 reuniões disponíveis do Copom finaliza com alta de 37,5 pontos base.
O mês de janeiro de 2025 foi de forte queda nas Taxas de Juros curtas e médias.
O IMA-S rendeu 1,10% no mês (carteira de Tesouros Selic), o IDA-DI valorizou-se +1,58% (Debêntures CDI – Anbima) e o IDA-IPCA Infra +1,51% (carteiras de debêntures IPCA+ Anbima).
O CDI rendeu ► 1,01% no mês de janeiro de 2025.
Destaque positivo da Renda Fixa do mês para o Pré de 5 anos +5,41%
O menor retorno da carteira de Renda Fixa ficou para o IPCA+ de 20 anos -2,35% no mês.
A parte de inflação dos títulos IPCA+, o VNA IPCA, rendeu 0,33% no mês de janeiro de 2025.
O Ibovespa rendeu +4,86% e o Dólar teve retorno negativo de -5,85% no mês.
Todas as carteiras superaram o CDI em Janeiro de 2025
Destaque para Carteira Arrojada que rendeu 1,82%.
O mês de janeiro foi de alívio para os mercados domésticos. Em cenário de menor liquidez, contribuíram o ingresso de fluxo estrangeiro, a correção de excessos vistos no fim do ano passado, o fato de o Congresso estar em recesso e o clima político menos tenso. Ajudaram também os primeiros sinais de desaquecimento da economia e dados fiscais melhores que o projetado, bem como a estratégia do Banco Central, notadamente no mercado cambial.
Assim, os ativos locais tiveram espaço para forte recuperação. O Ibovespa acumulou alta de 4,86% no período, o dólar desvalorizou 5,56% ante o real e terminou esta sexta-feira a R$ 5,8366, e os juros futuros caíram – a taxa para janeiro de 2026 fechou 50 pontos-base, o para 2027, 92 pontos-base, e o para 2029, 98 pontos-base.
“Janeiro foi positivo após a forte correção do fim do ano passado, em que houve certo exagero. Ainda que os problemas domésticos não estejam resolvidos, os ativos brasileiros estavam muito descontados, então a recuperação se tornou natural. A perspectiva, contudo, ainda é de ‘voo de galinha'”, avalia Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. Ele menciona as incertezas sobre a arrecadação e o fiscal ao longo deste ano. “As coisas podem se ajeitar em direção melhor se o dever de casa for feito.”
No quadro fiscal, as novidades foram escassas, mas houve algum incômodo na discussão sobre alimentos, com a possibilidade de medidas do governo para barateá-los. Isso em meio à divulgação do IPCA-15 de janeiro acima do esperado, que pressionou mais os juros futuros.
Janeiro contou ainda com uma “Super Quarta” com decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que vieram em linha com o esperado mas deixaram alguns alertas. No Brasil, o comunicado considerado “suave” deixou as decisões a partir de maio em aberto, o que pode indicar mais altas além dos 100 pontos-base contratados para março. Já nos Estados Unidos, o comunicado retirou do texto a menção sobre o progresso da inflação em direção à meta, o que preocupou, ainda que tenha sido minimizado pelo presidente do Fed, Jerome Powell.
A movimentação também veio com a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Desde que retornou à Casa Branca, o “tarifaço” foi um dos principais pontos monitorados, e que veio mexendo principalmente com o dólar no exterior. Houve suavização do tom com a China, o que agradou os mercados, mas o republicano já confirmou tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá, além de 10% das exportações chinesas, valendo a partir de amanhã.
Nas bolsas americanas, além de Trump, Fed e nesta última semana o início da temporada de balanços, o que causou altos e baixos foi o setor de tecnologia – mais especificamente no que diz respeito à inteligência artificial (IA). Se primeiro houve fortes ganhos com o anúncio de investimentos dos Estados Unidos em infraestruturas de IA, poucos dias depois o mau humor tomou conta com a startup chinesa DeepSeek, que precisou de menos recursos para alcançar resultados em IA semelhantes aos das big techs americanas.
Ainda assim, em janeiro, os índices de Nova York acumularam valorização de 4,70% (Dow Jones), 2,70% (S&P 500) e 1,64% (Nasdaq).
Fonte: Broadcast
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