Destaques no noticiário para Renda Fixa

O boletim Focus não trouxe muitas mudanças. A projeção para alta do PIB de 2019 passou de 1,71% para 1,70%, a previsão para o IPCA este ano continuou com alta de 4,01%, há um mês estava em 3,89%, e também foram mantidas as projeções para Selic no fim de 2019 em 6,50%, pelo menos até junho de 2020 quando a taxa subiria para 6,75% ao ano.

O IGP-M subiu 0,92% em abril, de 1,26% em março, a maior para o mês desde 2015 (1,17%), acima da mediana das estimativas (0,88%) e dentro do intervalo previsto, de 0,67% a 0,96%. Mesmo com o arrefecimento mensal, o IGP-M avançou em 12 meses, de 8,27% até março para 8,64% em abril. No ano o indicador acumula alta de 3,10%.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,7% no trimestre encerrado em março, de acordo com a Pnad Contínua, dado que ficou abaixo da mediana (12,80%) das expectativas.

A queda no piso do intervalo das estimativas da produção industrial em abril reforça o cenário de PIB negativo no 1º tri e traz viés de baixa para a projeção do fechamento do ano, o que em tese poderia apontar para novos cortes de juros básicos. Apesar disso, mesmo com atividade fraca, a curva a termo embute prêmio de risco para alta da taxa básica de juro em 2019.

O emprego forte nos EUA, com manutenção do ritmo de geração de vagas na média móvel de seis meses acima de 200 mil e taxa de desemprego no menor nível em 50 anos, reforçou a percepção de manutenção dos juros pelo Fed ao longo de 2019. O cenário de estabilidade das taxas já havia se configurado na quarta-feira, com base no tom do presidente Jerome Powell, esfriando preocupações com o ritmo baixo da inflação e afastando a ideia de corte dos juros. Os dados de emprego, porém, também mostraram que os salários nos EUA aumentaram menos que o esperado.