O mercado de juros futuros (DI da B3) reduziu suas expectativas de quedas da Selic em relação mês anterior.
Em 17/09/2025 o Copom manteve inalterada a Selic Meta em 15,00% a.a., conforme o esperado pelo Mercado.
A projeção de quedas até a 4R/2027 reduziu de -258 para -243 pontos-base.
A projeção de quedas para as próximas 10 reuniões do Copom aumentou de -233 para -214 pontos-base. O CDI termina 2026 em 12,76% de 12,59% a.a. da semana anterior.
Para o fim de 2025, a expectativa foi para um corte marginal de -2,43 ptb de -12 pontos-base, com o CDI terminal projetado em 14,88% ao ano de 14,80% a.a. na semana anterior.
As expectativas dos economistas, extraídas do Boletim Focus (Mediana dos últimos 5 dias).
Olhando para o fim de 2025, o CDI fecha em dezembro à 14,90%, próximo ao que era projetado julho.
A projeção até o fim de 2026 sinaliza queda total de -300 ptb, com CDI terminando em 11,90% no final de 2026, em agosto também era 11,90%.
Setembro foi um mês de desempenho misto para os ativos de renda fixa, com destaque para o IDA – IPCA (Carteira de Debentures em IPCA+) e os prefixados de longo prazo. Já os ativos indexados à inflação apresentaram retorno aquém do CDI, refletindo o comportamento da curva real e o cenário de inflação surpreendendo positivamente.
A Carteira Conservadora foi o destaque da renda fixa no mês de setembro, com retorno de 1,17% no mês, porém abaixo do CDI.
Setembro foi marcado por volatilidade elevada, com influência de fatores externos (Fed, Treasuries, dólar) e domésticos (cenário fiscal, política e decisões do Copom). Apesar das oscilações semanais, o mês terminou com inclinação da curva de juros, leve queda nos vértices longos e expectativas ajustadas para a Selic.
Setembro consolidou um cenário de expectativa por cortes de juros nos EUA, enquanto o Brasil manteve postura cautelosa. A curva de juros brasileira oscilou com pressões políticas e fiscais, mas terminou o mês com leve desinclinação e ajustes nas projeções de Selic, refletindo um ambiente de transição monetária e otimismo moderado para 2026.
Com colaboração do Copilot AI
RESUMO MENSAL DE SETEMBRO: BOLSAS AQUI E LÁ FORA AVANÇAM EM SETEMBRO COM APOSTA EM ALÍVIO DE JUROS NOS EUA
A cautela nos mercados nesta terça-feira, dada a chance de paralisação (shutdown) do governo americano já na madrugada, não impediu que os ativos de risco em termos globais fechassem setembro acumulando ganhos, embalados essencialmente pela expectativa sobre o ciclo de queda de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). As bolsas, no Brasil e em Nova York, acumularam alta de mais de 3% no período, que também foi favorável para moedas e curvas de juros futuros em países emergentes.
Inclusive, declarações de dirigentes do Fed reforçaram hoje a aposta de nova redução da taxa básica americana em outubro. O vice-presidente do BC americano, Philip Jefferson, disse que o mercado de trabalho mostra sinais de fraqueza e pode enfrentar dificuldades se não receber ajuda. A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou que pode ser apropriado aliviar um pouco mais a política monetária neste ano, mas ponderou que o grau de flexibilização está em aberto e dependente de indicadores.
Em Nova York, os principais índices acumularam altas de 5,61% (Nasdaq), 3,53% (S&P 500) e 1,87% (Dow Jones) em setembro. O Dow Jones teve maior ganho porcentual desde 2019 para o mês, enquanto o S&P 500 teve o maior desde 2010. Para a Capital Economics, o S&P 500 pode terminar o ano acima da previsão atual da consultoria, de 6.750 pontos, e ter mais ganhos em 2026, à medida que o entusiasmo em torno da inteligência artificial (IA) continua a crescer.
Por sua vez, o Ibovespa acumulou ganhos de 3,40% em setembro, confirmando seu melhor desempenho para o mês desde 2019 (+3,57%). No terceiro trimestre, que também chega ao fim nesta sessão, o índice de referência da B3 mostrou valorização de 5,31%.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, ficou praticamente estável em setembro e encerrou o trimestre em queda de 6,18%. Por aqui, o dólar recuou 1,83% no mês, terminando setembro aos R$ 5,3230, em período também marcado pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelas especulações em torno da disposição do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de entrar na corrida presidencial de 2026 e pela manutenção da taxa básica de juros por aqui.
Para o economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, a perspectiva é positiva para o real no curto prazo, com o ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos e a postura mais cautelosa do Comitê de Política Monetária (Copom), que não dá sinais de que pode começar a reduzir a taxa Selic no fim deste ano, apesar de um conjunto de indicadores recentes sugerirem desaceleração da atividade.
“Embora a Selic esteja parada, a taxa real de juros segue aumentando, porque há a percepção cada vez maior de que os riscos inflacionários estão diminuindo. Isso acaba atraindo capital estrangeiro para o Brasil e favorece a moeda”, afirma Galhardo.
A curva de juros futuros perdeu inclinação no mês, com os vencimentos curtos rondando a estabilidade e as taxas longas em leve baixa. No saldo de setembro, o DI para janeiro de 2027 subiu 15,5 pontos base em relação ao primeiro dia de setembro, enquanto a taxa para janeiro de 2029 avançou 5,5 pontos-base e de 2031 recuou 8 pontos-base.
E, no radar nos últimos dias, o mercado seguiu acompanhando os desdobramentos das negociações de cessar-fogo em Gaza. O presidente americano, Donald Trump, chegou a declarar que os Estados Unidos “podem ter conseguido encerrar uma guerra de 3 mil anos ontem”, em referência ao plano apresentado pela Casa Branca e que está sendo avaliado pelo Hamas.
Fonte: Broadcast
Relatório de acompanhamento dos Rendimentos Mensais de Carteiras de Investimentos em Renda Fixa
Ressalto que trata-se de um projeto de cunho educacional, não existe sugestão ou indicação de investimento em nenhuma das carteiras.
É aprender sobre a Renda Fixa acompanhando o mercado, é ter a visão prática e real.
O intuito é contribuir para elevação das discussões sobre investimentos em Renda Fixa no Brasil.
Acreditamos que com a obrigação da Marcação a Mercado de vários ativos de Renda Fixa, fato ocorrido em janeiro de 2023, a necessidade do entendimento sobre comportamento dos ativos de Renda Fixa ficará ainda mais latente.