Highlights (Resumo): Alta nas Taxas de Juros
Principal(is) vetor(es): a possibilidade de postura mais hawkish do Fed (declarações de dirigentes) e dos bancos centrais na Europa (sinais de inflação forte).
Destaque(s): FED e juros internacionais
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
No Relatório de Mercado Focus (22), a mediana para o IPCA em 2022 continuou caindo, passando de 7,02% para 6,82%, a oitava redução seguida, mas ainda acima do alvo, que é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%. Há quatro semanas, a mediana era de 7,30%. Após 19 semanas de alta, o IPCA para 2023, foco principal da política monetária, cedeu de 5,38% para 5,33%, ainda acima da meta de 3,25%, com banda até 4,75%. Há um mês, a projeção era de 5,30%.
Semana de recomposição de prêmios no mercado futuro de juros, refletindo a possibilidade de postura mais hawkish do Fed (declarações de dirigentes) e dos bancos centrais na Europa (sinais de inflação forte). O spread entre os contratos DI jan/27 e jan/24 fechou em -133 pontos, de -126 na sexta-feira anterior (12).
Os vetores que ajudam a explicar a abertura da curva doméstica foram:
Fatores que foram considerados de menor potencial para influenciar o movimento da curva de juros:
Fizeram o contraponto mas não impediram o acúmulo de prêmios na curva:
A conferir
o Simpósio de Jackson Hole organizado pelo Fed do Kansas, evento que reúne banqueiros centrais do mundo todo e é tradicionalmente utilizado pela autoridade monetária dos EUA para sinalizar sobre sua estratégia,
o PCE dos EUA de julho que pode ajustar as apostas para o juro americano,
o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, em Jackson Hole, que poderá trazer pistas sobre os próximos passos do Fed com o ciclo de aperto monetário,
o IPCA-15 de agosto que deve capturar nova trégua na inflação,
as reuniões trimestrais de diretores do Banco Central com economistas,
e o noticiário eleitoral e começo do ciclo de sabatinas com os presidenciáveis.
O dólar no mercado à vista terminou a sessão da sexta-feira (19) cotado a R$ 5,1680, registrando alta de 1,85% na semana.
Os fatores que movimentaram os preços da moeda americana foram:
Agenda de eventos e indicadores econômicos de 22 a 26 de agosto
Segunda-feira (22): o relatório Focus, a reunião trimestral do BC com economistas e o índice de atividade nacional do Fed de Chicago,
Terça-feira (23): reunião trimestral do BC com economistas, os PMIs compostos da Alemanha, zona do euro, Reino Unido e EUA, além de vendas de moradias novas dos EUA e índice de confiança do consumidor da zona do euro,
Quarta-feira (24): o IPCA-15 de agosto, que deve registrar nova deflação puxada por reajustes baixistas de combustíveis e energia elétrica, os EUA divulgam as vendas pendentes de imóveis e encomendas de bens duráveis,
Quinta-feira (25): começa o Simpósio de Jackson Hole, do Fed, a segunda leitura do PIB dos EUA no segundo tri, a ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE) e os números de geração de emprego formal de julho,
Sexta-feira (26): o discurso do presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole, o índice de preços de gastos com consumo (PCE), medida preferida de inflação do Fed, referente a julho, o sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, o lucro industrial da China, a nota do setor externo de julho e a definição pela Aneel da bandeira tarifária de energia elétrica de setembro.
Fonte: Broadcast
